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Estado

Polícia reabre investigação sobre tragédia com balão em SC após exoneração de delegado

Novo delegado anuncia diligências complementares e possível reconstituição do acidente a pedido do Ministério Público

Luan

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Foto: Redes sociais

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A Polícia Civil de Santa Catarina decidiu retomar as investigações sobre a queda do balão que causou a morte de oito pessoas em Praia Grande, no Sul do Estado. A reabertura do inquérito foi confirmada nesta terça-feira (11) pelo delegado André Coltro, que assumiu a condução do caso após a recente troca de comando na delegacia da cidade.

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De acordo com Coltro, a nova fase da apuração atende a solicitação do Ministério Público (MP) e deve incluir novas diligências dentro de um prazo de 20 dias. Entre as medidas previstas estão quesitos complementares aos laudos periciais e a possibilidade de uma reprodução simulada do acidente.

“Foram requisitadas diligências adicionais, especialmente relacionadas aos laudos técnicos e à reconstrução dos fatos”, afirmou o delegado.

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A retomada das investigações ocorre um mês após o encerramento do inquérito anterior, que havia sido concluído sem nenhum indiciamento sob a condução do então delegado Rafael Gomes de Chiara, exonerado nesta semana pelo Governo do Estado.

Embora o Executivo estadual tenha justificado a demissão de Chiara por infrações disciplinares e improbidade administrativa, sua defesa alega que a medida foi uma retaliação política, motivada pela recusa em realizar indiciamentos “sem base legal” no caso do acidente.

O trágico episódio ocorreu em 21 de junho, quando um balão com 21 pessoas a bordo pegou fogo logo após a decolagem. Segundo as investigações iniciais, o extintor presente no cesto não funcionou, e o piloto, junto de outros passageiros, tentou escapar quando a aeronave se aproximava do solo.

Treze pessoas conseguiram sobreviver, enquanto oito morreram — quatro carbonizadas dentro do cesto e outras quatro em decorrência da queda após saltarem de cerca de 45 metros de altura.

Na apuração anterior, mais de 20 pessoas foram ouvidas, incluindo sobreviventes, o piloto, testemunhas e representantes dos fabricantes do balão e do extintor. O relatório da época concluiu que não houve comprovação de conduta dolosa ou culposa que tenha provocado o incêndio.

O passeio era operado pela empresa Sobrevoar, que suspendeu as atividades após o acidente e afirmou, em nota, que o piloto “tentou salvar todos a bordo”. Naquele período, a atividade de balonismo ainda não possuía regulamentação federal no Brasil.


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