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Por que o Papa Leão I já se chamava Leão — e como seu nome virou tradição no Vaticano

O primeiro "Leão" não escolheu seu nome — mas deixou um exemplo de liderança tão marcante que transformou seu nome em símbolo.

Éder Luiz

Éder Luiz

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Ele não escolheu o nome. Ele nasceu com ele. Essa curiosidade histórica sobre o Papa Leão I, também conhecido como São Leão Magno, surpreende até mesmo quem acompanha o Vaticano com interesse. Afinal, ao contrário dos papas modernos, que escolhem um nome simbólico após sua eleição, os pontífices do século V mantinham o nome de batismo ao assumir o trono de São Pedro.

Ou seja: Leão I não escolheu “Leão” como nome papal. Ele simplesmente já se chamava assim.
O nome Leo era bastante comum no Império Romano Tardio, especialmente entre cristãos e nos territórios de língua latina. Quando foi eleito bispo de Roma, em 440 d.C., Leão apenas seguiu o costume da época: continuou usando seu próprio nome.

Um nome que já era um símbolo de força

Mesmo sendo um nome comum, Leo (em latim, “leão”) já carregava uma simbologia poderosa, que se tornaria inseparável de sua história como papa:

  • Força e nobreza: o leão era associado à autoridade imperial romana, figurando em escudos, moedas e estátuas.
  • Referência bíblica: Cristo é chamado de Leão da tribo de Judá (Apocalipse 5:5), o que conectava o nome a uma imagem de liderança e redenção.
  • Espírito combativo e doutrinador: Leão I enfrentou heresias e defendeu com firmeza a doutrina da Igreja, sendo reconhecido como Doutor da Igreja e um dos papas mais influentes da história.

Um legado tão forte que virou tradição

O impacto de Leão I foi tão grande que vários papas posteriores decidiram adotar o nome "Leão" em sua homenagem. Ao todo, 13 papas já utilizaram esse nome, consolidando-o como um dos mais importantes da história pontifícia.

O primeiro "Leão" não escolheu seu nome — mas deixou um exemplo de liderança tão marcante que transformou seu nome em símbolo de coragem, sabedoria e fé.

Curiosidade bônus: Leão I foi o papa que enfrentou Átila, o Huno, impedindo que ele saqueasse Roma. Uma cena que contribuiu ainda mais para sua imagem de pastor destemido com a bravura de um leão.


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