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Samir Xaud na votação da CBF — Foto: Fabiano Rocha
Brasil

Presidente da CBF e deputada são alvo de operação da PF por suspeita de crime eleitoral

Em nota, a CBF afirma que a operação não tem relação com a instituição e que o presidente não é o centro das apurações

Éder Luiz

Éder Luiz

Samir Xaud na votação da CBF — Foto: Fabiano Rocha

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O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, e a deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR) foram alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga suspeitas de crimes eleitorais em Roraima. Agentes da corporação cumprem 10 mandados de buscas e apreensões em endereços no estado do Norte e no Rio de Janeiro, incluindo na sede da principal entidade de futebol do país. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 10 milhões nas contas dos investigados.

A investigação teve início em setembro de 2024, depois que o empresário Renildo Lima, marido da deputada, foi preso em flagrante com dinheiro escondido na cueca após denúncia sobre compra de votos em Boa Vista, capital de Roraima. Na época, a PF prendeu outras cinco pessoas com R$ 500 mil em espécie. Entre os presos, estavam dois policiais militares.

Os agentes detidos estavam de folga e faziam a segurança particular dos envolvidos e dos bens. Procurada na época, a defesa da deputada informou em nota que o seu marido havia participado de audiência de custódia e comprovado "a legalidade dos recursos sob sua responsabilidade e o destino correto do dinheiro".

Em nota, a CPF afirmou que "a operação não tem qualquer relação com a CBF ou futebol brasileiro e que o presidente da entidade, Samir Xaud não é o centro das apurações". "A CBF esclarece que, até o momento, não recebeu nenhuma informação oficial sobre o objeto da investigação. Nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes. O Presidente Samir Xaud permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários", informaram.

Procurados, Helena da Asatur e Renildo Lima não se manifestaram. Na época do ocorrido, a deputada federal saiu em defesa do marido, dizendo que ele estava movimentando o dinheiro das suas próprias empresas sem relação com um esquema de compra de votos. "Acreditar que movimentar o próprio dinheiro é sinônimo de compra de votos é pura ignorância. Agora, devemos fechar as empresas em período eleitoral? Só o que faltava", postou ela, na época.

Grupo político

O empresário é dono da empresa de transporte intermunicipal Asatur e da companhia de táxi aéreo Voare, que tem contratos com o governo federal por fazer voos à Terra Indígena Yanomami. A empresa é uma das mais conhecidas do ramo no estado.

Helena da Asatur (MDB) é deputada federal e empresária. Ela foi eleita em 2022, com 15.848 votos, como a única mulher no cargo em Roraima.

Xaud é filiado ao MDB de Roraima e faz parte do mesmo grupo político da deputada e do marido. Antes de ser eleito presidente da CBF, o dirigente foi candidato a uma vaga na Câmara, mas não se elegeu.

Caçula de quatro irmãos, Xaud nasceu em Boa Vista. Especializado em infectologia e medicina esportiva, o presidente da CBF tem uma clínica médica na região, que patrocina os times locais: Náutico Roraima, Atlético Progresso Clube (APC) e Atlético Rio Negro Clube.

Paralelamente, Xaud também se tornou instrutor de crossfit certificado, e atua como empresário do ramo fitness, sendo um dos donos de uma das principais academias da cidade, chamada Core Centro de Treinamento e o galpão de crossfit, Naru Crossfit.

Especializado em infectologia e medicina esportiva, o presidente da CBF tem uma clínica médica na região, que patrocina os times locais: Náutico Roraima, Atlético Progresso Clube (APC) e Atlético Rio Negro Clube, segundo o Estadão.

O Globo


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