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© Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasil

Principais lideranças descartam adesão à greve dos caminhoneiros no país

Movimento é visto como político e sem representatividade, afirmam entidades.

Luan

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© Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Os principais líderes dos caminhoneiros no país afirmaram que não irão aderir à paralisação anunciada para esta quinta-feira (4). Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, as entidades que representam a categoria consideram que o movimento tem viés político e pode causar prejuízos aos motoristas.

A convocação da greve foi feita por Chicão Caminhoneiro e pelo desembargador aposentado Sebastião Coelho, figura conhecida por apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e por críticas ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Em vídeo publicado nas redes sociais de Coelho, os dois pedem que motoristas parem em defesa de demandas da categoria.

A proposta, no entanto, não encontrou apoio entre lideranças tradicionais. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) afirmou que não compactua com manifestações que utilizem caminhoneiros para “manipulação política”. De acordo com a entidade, mensagens sobre a paralisação têm circulado em grupos de WhatsApp, mas não representam o setor.

Um dos nomes mais conhecidos do movimento, Wallace Landim, o Chorão, reforçou que a mobilização convocada não tem caráter sindical. Ele afirma que se trata de uma iniciativa com motivações políticas e alerta para o risco de pequenos grupos bloquearem rodovias, mesmo sem grande adesão.

O Ministério dos Transportes acompanha o cenário e informou que atuará para garantir a circulação nas rodovias caso ocorram bloqueios. A avaliação preliminar da pasta é de que o movimento é disperso e sem força entre os caminhoneiros.

Também presidente da Associação Nacional de Transporte no Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci declarou que sua entidade não participará da greve. “O momento não é de paralisação”, afirmou.

Embora a mobilização prevista para quinta-feira tenha repercutido nas redes sociais, as lideranças ouvidas reforçam que a categoria não deve parar, afastando a possibilidade de um movimento de grande impacto no transporte rodoviário do país.


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