O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está investigando a morte de 245 cavalos em quatro estados brasileiros, provocada por uma contaminação em rações equinas. Os óbitos foram registrados em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas, e a suspeita recai sobre produtos fabricados pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda.
De acordo com o Mapa, o caso é inédito no Brasil. “Nunca havíamos identificado a presença dessa substância em rações para equinos. É a primeira vez na história do Ministério”, afirmou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, em pronunciamento neste domingo (13).
As análises realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) constataram a presença de alcaloides pirrolizidínicos, especialmente a monocrotalina, substância tóxica que pode causar danos neurológicos e hepáticos graves, mesmo em quantidades muito pequenas.
A contaminação teria ocorrido por falha no controle de qualidade da matéria-prima utilizada na ração, que estava misturada com resíduos da planta crotalária, conhecida por sua toxicidade.
“Essa substância é proibida em qualquer nível de presença. A legislação é clara quanto a isso”, reforçou o secretário Goulart.
As investigações mostraram que os cavalos que consumiram as rações da Nutratta foram os únicos afetados, mesmo quando dividiam espaços com outros animais que se alimentavam de produtos diferentes. Isso reforçou a hipótese de que o problema estava diretamente ligado à alimentação contaminada.
Após a constatação das irregularidades, o Ministério instaurou processo administrativo, emitiu auto de infração e determinou a suspensão cautelar da fabricação e comercialização de rações para equinos. Posteriormente, a suspensão foi estendida a rações de todas as espécies animais.
No entanto, a Nutratta conseguiu, na Justiça, autorização para retomar parte da produção que não se destina a cavalos. O Mapa recorreu da decisão judicial, apresentando novas evidências técnicas para tentar manter as medidas preventivas.
“Estamos acompanhando de perto. Precisamos garantir que todo o lote contaminado seja recolhido e que nenhum novo caso aconteça”, concluiu Goulart.
Em nota divulgada no dia 18 de junho, a Nutratta Nutrição Animal afirmou estar colaborando com as investigações e que todos os lotes de ração para equinos fabricados desde novembro de 2024 foram recolhidos, conforme determinação do Mapa.
A empresa afirmou ainda que possui mais de dez anos de atuação no mercado, priorizando a segurança alimentar e que se solidariza com os criadores afetados.
As ações de fiscalização continuam, e o Ministério da Agricultura alerta para que criadores de cavalos fiquem atentos e comuniquem imediatamente qualquer suspeita de reações adversas relacionadas à alimentação dos animais.
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