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Saúde

Santa Catarina lidera ranking nacional com menor índice de insegurança alimentar grave

Com apenas 3,5% das famílias em risco grave, Santa Catarina lidera ranking nacional de segurança alimentar, segundo dados do CadÚnico.

Pedro Silva

Pedro Silva

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Santa Catarina se destaca no cenário nacional ao apresentar o menor índice de insegurança alimentar grave do Brasil. Segundo o Indicador de Risco de Insegurança Alimentar Municipal, baseado em dados do Cadastro Único (CadÚnico), apenas 3,5% das famílias inscritas no Estado estavam em risco no período avaliado — equivalente a 10.252 famílias entre as 295.459 cadastradas.

Os dados são referentes aos 12 meses anteriores a janeiro de 2024 e mostram a efetividade de políticas públicas, combinadas com bons índices econômicos e sociais.

Capitais e grandes cidades

Na capital, Florianópolis, o índice é de 6,6%, representando cerca de 1.440 famílias em situação de risco entre as 21.857 registradas. Em Joinville, maior cidade do estado, o percentual é de 4,9%, totalizando 793 famílias.

Região Sul tem os melhores indicadores

O levantamento também revelou que os três estados do Sul do Brasil apresentam os menores índices de insegurança alimentar grave do país:

  • Santa Catarina – 3,5% – 10.252 famílias
  • Rio Grande do Sul – 3,9% – 28.245 famílias
  • Paraná – 4,8% – 41.972 famílias

Esses resultados são reflexo de políticas públicas eficazes, agricultura diversificada e bons indicadores de emprego.

A coordenadora estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, Juliana Pires, destaca que Santa Catarina tem se dedicado à pauta com ações concretas:

“Temos preocupação com a qualidade da merenda escolar, além de termos recebido R$ 10 milhões para o Programa de Aquisição de Alimentos, com execução dos recursos em apenas cinco meses”, afirma.

A gestão das políticas públicas é responsabilidade da Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família, por meio da Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional. A atuação também prioriza comunidades indígenas, quilombolas, periferias urbanas e povos tradicionais.

Estados com os piores índices

Na outra ponta, os estados da região Norte concentram os maiores percentuais de risco grave de insegurança alimentar:

  • Amapá – 27% – 30.556 famílias
  • Roraima – 24,3% – 18.027 famílias
  • Pará – 24% – 267.397 famílias
  • Amazonas – 23,7% – 129.328 famílias
  • Tocantins – 21,8% – 196.467 famílias

Brasil fora do Mapa da Fome

Na última semana, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou que o Brasil deixou oficialmente o Mapa da Fome, com menos de 2,5% da população em risco de subnutrição. Isso significa que o país voltou a apresentar condições mínimas de segurança alimentar, após ter retornado à lista em 2021.

A saída do Mapa é um indicativo positivo, mas o relatório também reforça a necessidade de continuidade e ampliação das políticas públicas para garantir o acesso à alimentação saudável e adequada em todas as regiões do país.

Fonte: NSC Total


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