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Foto: Redes sociais/ Reprodução
Segurança

Suspeito de empurrar mulher de 7º andar de prédio teria sido expulso por ela momentos antes da queda, diz polícia

Homem era foragido do Distrito Federal.

Jardel

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Foto: Redes sociais/ Reprodução

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O suspeito de empurrar a mulher que morreu ao cair do sétimo andar de um prédio em Itajaí, no Litoral Norte, havia sido expulso do apartamento dela momentos antes da queda, segundo o delegado Eduardo Ferraz.

Houve uma discussão entre os dois pouco antes de a vítima cair, segundo relato de testemunhas à polícia.

"Eles permaneceram a madrugada toda lá. Os vizinhos ouviram barulho, música e, por volta das 6h, ouviram uma briga. Ela [estava] mandando ele sair da casa e ele dizendo que ia ficar. De repente, se fez silêncio", narrou o delegado.

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O investigado foi preso no sábado (25), 11 dias após a morte da farmacêutica Gabriela Alves Grecco, 34 anos, que era natural do Rio Grande do Sul. Ele era foragido do Distrito Federal, onde tinha condenação por tráfico de drogas, e foi encontrado em Tocantins. O caso é tratado como feminicídio. O g1 não localizou a defesa do preso.

 Foto: Polícia Civil/Divulgação
Foto: Polícia Civil/Divulgação

Segundo o delegado Ferraz, o suspeito e a vítima tinham acabado de se conhecer.

"Se conheceram pela vizinhança. Teriam se conhecido na sexta-feira [10] e o fato aconteceu na terça [14] à noite. Ela provavelmente não tinha conhecimento do histórico criminal dele", disse.

O homem estava em Santa Catarina há cerca de um mês, desde quando foi beneficiado com sete dias de saída temporária do Complexo Penitenciário da Papuda e não voltou.

Queda e fuga

Segundo Ferraz, foi apurado que vítima e suspeito se encontraram na terça-feira à noite na quitinete alugada do suspeito. Ficaram por lá bebendo juntos até perto da meia-noite. Depois, foram ao apartamento da farmacêutica e passaram a madrugada juntos.

Ao amanhecer, por volta das 6h, ouviu-se uma discussão entre os dois. A vítima, conforme o delegado, o teria expulsado do apartamento. O homem se negou a sair e, logo em seguida, os vizinhos perceberam a queda da mulher.

"Ele fugiu pela parte externa do prédio, pulou o muro e foi até a quitinete com o pé machucado. Encontrou com um vizinho e disse que tinha se machucado no trabalho. Passou todo o dia seguinte dormindo. À noite, foi para Navegantes [na mesma região] e, de lá, saiu do estado", contou.

Oficialmente, conforme Ferraz, o suspeito não foi ouvido sobre o caso. Aos familiares, porém, teria dito que passou a madrugada usando drogas no apartamento, junto com a vítima.

"De fato procede, porque encontramos maconha e cocaína. Em dado momento ela teria surtado, mandado ele ir embora e caído de forma espontânea", disse.

A perícia não conseguiu precisar se a mulher caiu ou foi empurrada, segundo o delegado. A hipótese é de feminicídio pelas evidências coletadas no local e "pela própria conduta do suspeito", conforme o delegado. O inquérito deve ser concluído no decorrer desta semana e enviado à Justiça.


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