Após dois anos de especulações, a Oi desativou na manhã desta sexta-feira a unidade da BrT-call center de Florianópolis. O Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações em Santa Catarina (Sinttel-SC) lamenta o fechamento da empresa, e diz que, durante este período, tomou todas as atitudes cabíveis para evitar ação. Cerca de 500 funcionários foram demitidos.

Embora soubesse da possibilidade do fechamento da BrT-call center, o secretário-geral do Sinttel-SC, Nilton Nicolazzi, só foi avisado no momento em que as demissões foram executadas, às 11h desta sexta-feira. Ele explicou que nos últimos anos o sindicato entrou com ações no Ministério Público e recorreu ao governo para impedir a desativação do call center, mas que, agora que a decisão foi tomada, só resta lamentar. A Oi alegou que a BrT-call center funcionava com operação reduzida e baixo nível de escala para a atividade e que o fechamento do call center não irá comprometer o número de postos de trabalho estabelecidos pela Anatel, em escala nacional. Para Nicolazzi, nacionalmente isso pode estar certo, mas o fim de mais de 500 vagas prejudica Santa Catarina. — O número de postos de trabalho da Oi no país será mantido, porque aumentou a oferta em outro Estado, mas aqui em Santa Catarina, esta manutenção não se aplica. O secretario geral do Sinttel-SC explicou que ao comprar a Brasil Telecom, a Oi comprometeu-se a não reduzir o número de funcionários e que espera que esse compromisso não seja somente em nível nacional. Segundo a assessoria da Oi, todas as obrigações legais referentes às rescisões dos contratos estão sendo cumpridas e uma série de benefícios serão oferecidos aos profissionais que não forem mantidos na empresa. Em nota, a empresa disse que manteria o plano de saúde e do seguro de vida por um mês, mas segundo Nicolazzi, o sindicato conseguiu manter este benefício até o fim de março.