Polícia usa atiradores para monitorar advogado que diz ter matado a namorada em Balneário Camboriú

PM diz que o uso do armamento é apenas para auxiliar na negociação.

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O vídeo acima mostra em tempo real a movimentação no local. A transmissão é da Rádio Menina.

Policiais especializados estão distribuídos por diversos pontos nas imediações da Rua 3150, em Balneário Camboriú, onde o advogado Paulo de Carvalho Souza, de 42 anos, está trancado na sacada do 7º andar de um edifício. Eles monitoram o suspeito à distância, por meio de miras de fuzil. Paulo diz ter matado a namorada, a também advogada Lucimara Stasiak, 30. 

O comandante do 12º Batalhão da PM, tenente-coronel Alexandre Coelho, diz que o uso do armamento é apenas para auxiliar na negociação.

- São observadores, usam a luneta do fuzil. O objetivo não é neutralizar, mas dizer os passos que ele está tomando.

A polícia negocia desde o começo da noite de ontem com o advogado, para que ele se entregue. A negociação é feita por um policial do grupo Cobra, que integra o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). O policial é experiente nesse tipo de abordagem, considerada de alto risco.

- É uma ação cansativa, longa, desgastante e com final imprevisível – diz o comandante.

Na manhã desta quarta-feira, Paulo entregou aos policiais uma carta, escrita à mão, em que fala do crime e dá a entender que matou Lucimara durante um surto. Os vizinhos, no entanto, confirmaram ter ouvido o casal brigar na última quinta-feira (28). Desde então, a advogada não foi mais vista e não respondeu mensagens no celular.

Segundo o comandante da PM, o suspeito tem histórico de problemas mentais e aparenta estar em surto. O principal cuidado da polícia, no momento, é para evitar que ele provoque uma reação dos policiais.

- Só faremos intervenção com 100% de certeza – afirma.

A polícia fechou o acesso à rua – exceto para os moradores – e recomenda que as pessoas não se aproximem. Durante a noite, foi necessário intervir para controlar um grupo que estimulava o advogado a saltar do edifício.

A família de Lucimara, que acompanha as negociações, relata angústia enquanto aguarda a liberação do corpo, que está dentro do apartamento.

Fonte:

NSC

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