Praga perigosa para lavouras gera alerta em Santa Catarina; entenda
A Cidasc iniciou uma operação para verificar e combater o 'caruru gigante'.
Com a crescente invasão de Amaranthus palmeri em alguns lugares do Brasil, a Cidasc acendeu o alerta e iniciou uma ação para evitar a entrada da praga em Santa Catarina. Essa praga perigosa é conhecida como caruru gigante e pode causar graves prejuízos para as lavouras infestadas.
Conforme a Cidasc, o objetivo é identificar as propriedades de risco do caruru gigante. O trabalho conta com os auxiliares operacionais agropecuários, que trabalham nos Postos de Fiscalização Agropecuária.
A planta é classificada como praga de difícil controle, cresce rápido e é extremamente agressiva. Ela se adapta com facilidade aos ambientes e condições climáticas, além de possuir resistência a alguns herbicidas.
O gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc, Alexandre Mees, explicou que os transportadores das máquinas que fazem a colheita dos grãos também devem auxiliar nesse controle.
“Precisamos do apoio de quem transita em outros estados com máquinas agrícolas. Basta parar num posto de fiscalização para uma inspeção rápida e fornecer as informações solicitadas”, pontua Mees.
“Vale ressaltar que a vigilância visa prevenir a introdução de pragas em nosso estado, como, por exemplo, fungos, bactérias, insetos e plantas daninhas, que colocam em risco a sanidade dos pomares e lavouras”.
Amaranthus palmeri ou caruru gigante:
O caruru gigante pode cruzar com outras espécies do gênero, transferir genes de resistência, com risco potencial de reduzir a produtividade de culturas como a soja, o milho, o feijão e algodão em até 90%.
Não há registro da praga em solo catarinense, mas já foi observada em plantações de municípios de Mato Grosso, desde 2015, e, mais recentemente, em Aral Moreira e Naviraí, no Mato Grosso do Sul.
O último e mais próximo registro foi na divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraná. Relatos indicam que uma planta pode produzir de 100 mil a 1 milhão de sementes.
Portanto, com alto potencial de disseminação nos campos de produção agrícola e pode ser facilmente confundido com outras espécies que vegetam no Brasil, especialmente o caruru de espinho.
“A atenção está focada em máquinas que tenham executado serviços em regiões com ocorrência. Queremos conhecer o fluxo de máquinas no trânsito interestadual para poder prevenir também outras pragas”, destaca Diogo Antônio Deoti engenheiro-agrônomo da Cidasc.