Prefeitos presos por suspeita de corrupção em SC são liberados

Com liberação, Justiça catarinense determinou aplicação de medidas cautelares.

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Foto: MPSC
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Na última quinta-feira (18), a Justiça de Santa Catarina revogou a prisão dos quatro prefeitos presos investigados na Operação Fundraising. Os prefeitos Mário Afonso Woitexem (PSDB – Pinhalzinho), Marcelo Baldissera (PL – Ipira), Clori Peroza (PT – Ipuaçu) e Fernando de Faveri Marcelino (MDB – Cocal do Sul), tiveram o pedido deferido no final da tarde mediante medidas cautelares, como não trocar de endereço e não se ausentar da comarca sem autorização judicial.

Medidas cautelares aplicadas aos prefeitos que tiveram prisão revogada:

  • Suspensão do exercício das funções públicas
  • ⁠ Proibição de acesso e frequência às sedes das prefeituras municipais em que os supostos ilícitos foram praticados
  • ⁠Vedação, por qualquer meio, de contato entre si, com os demais denunciados e com as testemunhas arroladas pelo Ministério Público;
  • ⁠Proibição de se ausentarem das comarcas em que residem sem prévia autorização judicial por período superior a 3 (três) dias
  • ⁠Obrigação de comparecimento a todos os atos processuais; e
  • ⁠Compromisso de manter o Juízo informado a respeito de eventual mudança de endereço.

Operação “Fundraising”

Os quatro foram presos no dia 19 de junho, quando em uma operação do GAECO e do GEAC foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, cinco suspensão do exercício das funções públicas e 63 de busca e apreensão em 23 cidades de Santa Catarina, um município do Rio Grande do Sul e em Brasília (DF). A ação fez parte da segunda fase da operação “Fundraising”.  

A operação busca desarticular possível organização criminosa, capitaneada por grupo empresarial, suspeita de praticar ilícitos contra a administração pública, especialmente o desvio de recursos públicos e fraudes em licitações, e que, em suas ações, estaria buscando recrutar agentes públicos e particulares com o fim de obter ganhos ilícitos em prejuízo ao patrimônio público.  

Relembre

De acordo com a investigação, o grupo criminoso atuava com a finalidade de direcionar processos licitatórios em diversos municípios do Estado. Sob o pretexto de prestar serviços de consultoria e de assessoramento para captação de recursos públicos, buscava firmar contratos públicos sem que houvesse necessariamente a comprovação de qualquer atividade, mas que serviria de subterfúgio para que servidores públicos, assim como agentes políticos e particulares, tivessem ganhos ilícitos por meio do recebimento de vantagens indevidas.  

A operação foi intitulada com “Fundraising”, expressão em inglês que se refere a uma metodologia que visa desenvolver processos para facilitar a captação de recursos.   Na primeira etapa, deflagrada em setembro de 2023, 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelo GAECO em Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Gravatal e Brasília. 

Fonte:

SCC

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