Professor da Unoesc participa do 6º Congresso Internacional de Envelhecimento Humano, na Paraíba
O evento teve como tema: Envelhecimento Humano no Século 21: atuações efetivas na promoção da saúde e políticas sociais.
A Unoesc, pautada na sua missão de colaborar com o processo de desenvolvimento humano e social, científico e tecnológico, por meio do Programa de Mestrado em Biociências e Saúde (PPGBS), contribuiu com o 6º Congresso Internacional de Envelhecimento Humano, realizado em Campina Grande no estado da Paraíba de 26 a 28 de junho.
O evento, que teve como tema, Envelhecimento Humano no Século 21: atuações efetivas na promoção da saúde e políticas sociais, contou com a presença de mais de 3 mil participantes, foi promovido por um conjunto de Universidades e diferentes instituições públicas de todo o país, com apoio do CNPq e da CAPES.
O coordenador do PPGBS da Unoesc Joaçaba, professor doutor Jovani Antônio Steffani debateu sobre o assunto“Tontura e Vertigem no Idoso: Diagnóstico Otoneurológico na Atenção Integral em Saúde”.
Segundo Steffani, com a melhoria das condições de vida a população brasileira está vivendo mais e com isso surge um conjunto de doenças crônicas que demandam a atenção da área da saúde. A vertigem e a tontura se constituem como o segundo sintoma mais presente na população mundial até os 65 anos e, após essa idade, se tornam os sintomas mais comuns e de maior frequência nas consultas. Cerca de 85% dessas queixas têm origem em doenças do sistema vestibular periférico e central (que controla o equilíbrio das pessoas).
— Essa temática deve ser abordada não somente por sua importância pela grande prevalência na população em geral e idosa, mas também pelo fato de que as mais de uma centena de afecções que causam a tontura e a vertigem são diagnosticadas, equivocadamente pela maioria dos médicos, como labirintites, as quais representam menos de 2% dos casos — destaca o pesquisador.
Ainda de acordo com o professor, só o diagnóstico correto da causa é que poderá determinar o tratamento adequado. Por essa razão, identificar tudo como labirintite representa um perigo, principalmente para a população idosa, por conta de constituírem uma população exposta ao risco da polifarmácia (uso excessivo e indiscriminado de medicamentos), sujeitos a inúmeros efeitos colaterais que podem piorar muito o quadro clínico geral e levar à morte prematura, ao invés de trata-los.
Para o coordenador, tratar todas as labirintopatias como sendo meras “labirintites” sem que seja feito uma avaliação otoneurológica adequada, custa muito caro ao sistema de saúde por conta das complicações, internações e solicitação de outros exames desnecessários, sem contar os danos irreparáveis, representados pelo sofrimento e pela morte. Sendo assim, todos os pacientes com sintomas de tontura ou de vertigem sem causa aparente, deveriam obrigatoriamente realizar avaliação otoneurológica antes de serem submetidos a tratamentos, principalmente medicamentoso.
— Sugere-se aos pacientes que tenham esses sintomas que peçam aos seus médicos que providenciem um pedido de avaliação otoneurológica antes de medicá-los, essa atitude salvará vidas e previne inúmeras complicações clínicas e gastos desnecessários— finaliza o professor.