Professor do Mestrado em Biociências e Saúde da Unoesc palestra no 6º de Ciclo de Debates em Bioética
Ciclo de Debates em Bioética teve como tema: “Vacinação: desafios Éticos Contemporâneos”.
Neste mês de maio, várias reflexões críticas sobre os problemas éticos que permeiam o campo da saúde foram realizadas no 6º Ciclo de Debates em Bioética, que teve como tema: “Vacinação: desafios Éticos Contemporâneos” e aconteceu na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Neste ano, em especial, o evento contou a participação do professor doutor, que atua no Mestrado em Biociências e Saúde da Unoesc, Bruno Schlemper Junior. Ele palestrou juntamente com as pediatras Sonia Maria de Faria e Jucélia Maria Guedert sobre “Aspectos éticos e bioéticos da vacinação obrigatória contra a Influenza dos Profissionais da Saúde e nas epidemias/pandemias”.
— Participar do evento foi uma grande satisfação pessoal, primeiramente, porque a criação do evento se deu por meio da Sociedade Brasileira de Bioética-Regional de Santa Catarina (SBB/SC) a qual foi fundada em 2009 quando exercemos a presidência — afirmou o professor.
Durante sua palestra, professor Bruno defendeu, sob a perspectiva ética e bioética, que todos os profissionais da saúde deveriam, obrigatoriamente, ser vacinados, anualmente, contra a influenza, pelo risco deles se infectarem e poderem ser a fonte de infecção para seus familiares e pacientes.
— Insisto na proposta de que a obrigatoriedade de vacinação dos profissionais da saúde contra a influenza é ética, legal e financeiramente atraente, acrescida da visão bioética de proteção da comunidade e da responsabilidade ética do profissional na busca do bem coletivo (princípio da justiça social). Esta medida já é adotada em cerca de 700 instituições de saúde nos Estados Unidos. Sobre isso, alimento a expectativa de que a Unoesc possa ser exemplo para o país, tornando-se pioneira nessa prática em suas unidades de saúde — afirmou.
Em outro momento, falou sobre a importância de combater os movimentos antivacinas, responsáveis pelas “Fake news” que inundam as redes sociais com falsas informações sobre as vacinas.
— Isto tem sido considerado o principal responsável pela perigosa redução da vacinação infantil, o que levou ao retorno de doenças infecciosas em todo o mundo, como o sarampo, difteria e coqueluche — afirmou o professor.
Ao final ele abordou sobre os cuidados a serem adotados nas epidemias e pandemias, como por exemplo, no respeito à autonomia, privacidade, respeito às normas nacionais e internacionais sobre ética em pesquisa nos ensaios de novas vacinas e medicamento, entre muitas outras situações éticas complexas.
— O mundo desenvolvido vem se preparando para isso, mas não se percebe essa preocupação no Brasil e nos demais países latino-americanos. Deve ser dito que a Organização Mundial da Saúde vem alertando que a humanidade sofrerá uma nova pandemia de influenza, ainda sem data e sem que se saiba qual o tipo de vírus e qual o grau de virulência — complementou.
Ao final de sua participação o professor destacou que os temas foram aprofundados na apresentação dos palestrantes e na discussão com os presentes, tiveram um nível muito elevado de participação e interesse.