Moradores que preferem não se identificar fizeram uma denúncia de maus-tratos contra criança em uma creche localizada no centro de Ponte Serrada nos últimos dias.

 De acordo com eles, uma professora da unidade escolar teria feito um dos alunos, de quatro anos, pegar fezes com a mão após defecar sobre uma cama elástica durante brincadeira, na última quarta-feira, dia 13.

 Ainda segundo a denúncia, o menino foi obrigado a levar as fezes até o lixeiro do banheiro, sem auxílio de um adulto. Já no sanitário, o menino foi auxiliado por uma servente que estava no local fazendo faxina.

Por ser uma criança bem comunicativa, os pais estranharam ao perceber que o menino estava bastante quieto em casa. Além disso, a criança não queria comer e chegou até a ter febre durante a noite, segundo a família. O caso chegou aos ouvidos dos pais quando a diretora da instituição os chamou para conversar e contar o que havia acontecido com ele.

 Na última segunda-feira, dia 18, os pais foram chamados pelo Conselho Tutelar para falar sobre o caso, onde foi relatado que já haviam sido feitas três denúncias no Disque 100. 

Outras denúncias

 Entre os relatos anônimos, também estavam casos aonde a mesma criança chegou a ficar trancada sozinha em uma sala de aula, enquanto outros colegas estavam brincando do lado de fora, e que a mesma professora costumava chamar o menino de “bicho preguiça”. 

A família da criança envolvida chegou a registrar, na delegacia, um boletim de ocorrência contra a educadora. A Polícia Civil informou que está investigando o caso, mas que as informações estão "bem desencontradas", não dando detalhes sobre a situação.

 Professora afastada em razão de atestado médico

 O Oeste Mais entrou em contato com a Secretaria de Educação de Ponte Serrada. O órgão informou que já está ciente da situação e já orientou as partes sobre quais procedimentos devem ser tomados. Ainda de acordo com a Secretaria, a professora envolvida se encontra afastada desde o início da semana por conta de atestado médico.

 “Nós estamos aguardando a apuração dos fatos, porque existem duas versões. Inclusive nos registros tem a versão da professora e a versão da servidora. Então, o que nós temos que aguardar agora é a apuração dos fatos pelos órgãos competentes, assessoria jurídica, para ver que providencias tomar”, disse a secretária municipal de Educação, Nadia Poletto.