Santa Catarina é destaque nacional com indicadores que demonstram retomada da economia
Os dados são do Índice de Confiança do Empresário (ICEI) de Santa Catarina, do Observatório Fiesc.
A economia de Santa Catarina começa a dar os primeiros sinais de retomada. Os indicadores mais recentes do setor de serviços, comércio, indústria e emprego demonstram evolução e crescimento acima da média nacional. No segmento de serviço, por exemplo, depois de três meses de queda, o volume de receitas em Santa Catarina cresceu 6,4% em maio, representando o melhor desempenho do país. No Brasil, houve uma retração de 0,9% no mesmo período. Os dados fazem parte do último relatório apresentado pelo IBGE.
“Desde o início da pandemia, nós temos priorizado a segurança e bem-estar dos catarinenses, mas garantindo a retomada gradativa das atividades. Santa Catarina tem um povo trabalhador, que já passou por muitos desafios, e uma economia diversificada. Isso nos dá capacidade para sair mais rápido dessa crise e de forma consistente”, ressalta o governador Carlos Moisés.
Os indicadores de confiança da indústria também apontam para a retomada. Com um índice de confiança do empresário no Estado de 51,1 pontos em julho, Santa Catarina, pela primeira vez desde março, tem números que indicam otimismo, ultrapassando os 50 pontos.
Os dados são do Índice de Confiança do Empresário (ICEI) de Santa Catarina, do Observatório Fiesc. A tendência de aumento também é observada em âmbito nacional, mas, neste caso, apesar de terceira alta mensal consecutiva, o indicador se fixou em 47,6 pontos.
Maior crescimento do comércio
Em maio, o comércio teve forte recuperação, de 22,1%, registrando então o maior crescimento da série, embora o setor ainda se encaminhe para atingir o nível pré-crise. Entre os fatores que contribuíram para essa recuperação está o trabalho responsável de retomada das atividades, a adoção de estratégias de e-commerce e tele entregas, entre outras ações.
“Em um alinhamento assertivo com o setor produtivo e em uma força conjunta que se reflete em uma espiral de prosperidade, esperança e confiança, Santa Catarina já desponta no cenário nacional, com números que denotam os primeiros sinais diante da retomada econômica”, avalia o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Rogério Siqueira.
Vagas em aberto
Neste ano, quatro empresas habilitadas pelo Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec) representam juntas um investimento privado de R$ 44 milhões na economia. Um bom exemplo é a Librelato, que existe desde 1969 e atua nos principais segmentos do transporte de carga e também exporta seus implementos para Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai, Paraguai, Equador, Peru e Bolívia. A empresa, que já recebeu o incentivo do Prodec em 2010, atualmente, conta com 130 vagas disponíveis.
Outras empresas que recebem o incentivo do Prodec estão com oportunidades. Só na semana passada, o Sine/SC contava com mais de 2,5 mil vagas em aberto.
Outro indicador que demonstra a melhora do cenário neste quesito é a Pnad Covid-19, com dados divulgados na última quinta-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com 8,6% de desocupação, Santa Catarina tem a menor taxa do país. No Brasil, a curva subiu de 10,7% em maio para 12,4% em junho.
Além disso, Santa Catarina teve um saldo positivo de 3.721 novos empregos formais em junho, melhor resultado entre os sete estados do Sul e Sudeste. Todos os setores da economia catarinense contrataram mais do que demitiram no mês, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, divulgados na terça-feira, 28.
Confiança e espírito empreendedor
Em 2020, Santa Catarina teve um saldo relevante de abertura de empresas e registrou um saldo mais expressivo que o mesmo período do ano passado. Foram 50.568 novas empresas entre janeiro a junho deste ano. No mesmo período de 2019, o estado teve um saldo de 45.248 constituições.
De acordo com o presidente da Jucesc, Gilson Bugs, “os números de Santa Catarina nos dão a certeza de que sairemos desta crise gerada pela pandemia ainda mais fortes e resilientes. E com o aprendizado necessário para continuarmos ousando, inovando e nos preparando de forma adequada para um novo mercado que se abrirá quando retomarmos a normalidade econômica e social”.
Arrecadação
Dados da Secretaria da Fazenda mostram que o mês com retração mais acentuada foi maio, com queda de 22,1% em relação a 2019. Em junho, dados da arrecadação mostram que o Estado mostrou o poder de reação e teve melhor resultado, embora ainda com queda de 15,6%. A expectativa é que, em julho, a arrecadação tenha números mais otimistas.
Quanto à retração no período de pandemia, maio apresentou dados mais acentuados, com queda de 22,1% em relação a 2019.
Nos serviços de transportes, a retração foi de 6,6%. No que se refere as atividades de serviços prestados às empresas, como os serviços profissionais e administrativos, foi de 7,8% e os de informação e comunicação, de 9,4%.