SC tem explosão de casos de Febre do Oropouche, a doença do maruim

Primeiros casos foram confirmados em abril, quando 10 pessoas haviam sido infectados.

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(Foto: Prefeitura de São José, Divulgação)
(Foto: Prefeitura de São José, Divulgação)

Subiu para 137 o número de casos da Febre do Oropouche, a doença do maruim, em Santa Catarina. A confirmação foi feita pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os primeiros casos foram confirmados em abril, quando 10 pessoas haviam sido infectados.

As cidades com mais têm confirmações são Luiz Alves e Botuverá que, juntas, somam 99 casos. O aumento repentino dos números acende um alerta no estado e o governo planeja uma série de ações complementares para resolver o problema, como sistematizar as informações dos casos suspeitos e confirmados (deslocamentos, sintomas, quadro clínico), coleta de vetores para levantamento entomológico e encaminhamento de amostras de outros pacientes para testagem pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-SC), com o objetivo de fortalecer a vigilância da doença.

Nesta quarta-feira (3), a Saúde também anunciou o investimento de R$ 12 milhões para o desenvolvimento de pesquisas envolvendo os mosquitos maruim e Aedes aegypti.

Casos por cidade

  • Antônio Carlos: 2 casos
  • Benedito Novo: 1
  • Blumenau: 8
  • Botuverá: 35
  • Brusque: 7
  • Corupá: 3
  • Guabiruba: 1
  • Guaramirim: 1
  • Ilhota: 5
  • Jaraguá do Sul: 1
  • Luiz Alves: 64
  • São Matinho: 1
  • Schroeder: 6
  • Tijucas: 2

O que é a febre do Oropouche

A doença viral foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de um bicho-preguiça recolhida durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, especialmente nos estados da região amazônica.

Por não existir um tratamento específico, os cuidados são para minimizar os sintomas. Assim como na dengue, muita hidratação e repouso são recomendados.

O principal vetor, ou seja, quem transmite, é o maruim. Ele está geralmente associado a regiões com maior umidade e presença de matéria orgânica. Depois de se alimentar do sangue de uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no mosquito por alguns dias. Quando ele pica outra pessoa novamente, pode transmitir o vírus para ela.

Há registro, porém, de outros mosquitos transmissores nas áreas urbanas, como o Aedes serratus e Culex quinquefasciatus (pernilongo). Entre as características do vírus está o alto potencial de disseminação, com capacidade de causar surtos e epidemias. Tal como na dengue, é a fêmea a responsável por transmitir o Orthobunyavirus através da picada.

O período de incubação do vírus em humanos pode variar entre três e oito dias após a infecção pela picada. Os sintomas duram de dois dias a uma semana, com evolução sem sequelas, diz o governo federal.

Sintomas

Os sintomas da Febre do Oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento da rede municipal de saúde.

Como prevenir

De modo geral, o maruim é atraído por umidade, sombra e matéria orgânica. Por isso é importante manter terrenos livres de mato acumulado. Além disso, o uso de repelentes e roupas compridas pode ajudar a evitar as picadas.

Fonte:

NSC

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