SC tem transmissão comunitária da variante ômicron e 41 casos confirmados, diz Dive
Vírus já circula no estado. Maioria dos casos confirmados é de Florianópolis.
A variante ômicron do coronavírus já circula por Santa Catarina, confirmou nesta quinta-feira (30) a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado (Dive). São 41 casos confirmados, a maioria de moradores de Florianópolis. O estado também tem 152 suspeitas da variante em investigação.
A transmissão comunitária, que confirmou que a mutação do vírus circula no estado, ocorre quando os pacientes são infectados mesmo sem terem viajado ou terem tido contato com pessoas que tenham ido recentemente para fora do estado, explicou a Dive.
Os casos confirmados da variante ômicron são de moradores de:
Florianópolis - 29 casos
Biguaçu, na Grande Florianópolis - 2 casos
Palhoça, na Grande Florianópolis - 2 casos
São José, na Grande Florianópolis - 2 casos
Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis - 1 caso
Balneário Camboriú, no Litoral Norte - 1 caso
Camboriú, no Litoral Norte - 1 caso
Jaraguá do Sul, no Norte - 1 caso
São Francisco do Sul, no Norte - 1 caso
1 morador de Maringá, no Paraná
Vacinação e prevenção
A Dive destacou que as vacinas são eficazes contra a variante ômicron, principalmente com o esquema vacinal completo. O órgão enfatiza que é importante que a população se imunize com as duas doses ou dose única, e receba a dose de reforço.
O diretor da Dive, João Fuck, alertou para que a população reforce os cuidados para evitar a transmissão do vírus.
“O esquema vacinal contra a Covid-19 deve ser concluído por todos os catarinenses aptos a receber as doses. O uso de máscaras, manter os ambientes ventilados, lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou utilizar álcool gel 70%, são medidas que ajudam na prevenção para evitar a disseminação do vírus, além de evitar aglomerações”, disse.
Primeiro caso
O primeiro caso da variante ômicron do coronavírus foi confirmado em Santa Catarina em 21 de dezembro pela Dive. O paciente, de 66 anos, é morador de Jaraguá do Sul, no Norte do estado, e foi infectado em uma viagem à África do Sul no início de dezembro.
O morador de Jaraguá do Sul, apresentou os primeiros sintomas em 9 de dezembro, permanecendo em isolamento durante o período de 14 dias, sob acompanhamento da Vigilância Epidemiológica municipal.
Conforme a Dive, ele estava com o esquema vacinal completo, e teve um quadro gripal leve, sem necessidade de hospitalização, mantendo acompanhamento com médico pneumologista.
Ele fez um exame PCR, que foi encaminhado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro, laboratório de referência nacional para Santa Catarina. Nesse local foi feito o sequenciamento genômico que possibilitou a identificação da variante.
O que é a variante ômicron?
No dia 26 de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a B.1.1.529 como variante de preocupação e escolheu o nome “ômicron”. Com essa classificação, a nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta.
A ômicron é considerada de preocupação, pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína "spike" (a "chave" que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).