Sem carnaval, em décadas, Joaçaba vive um fevereiro diferente
A véspera do carnaval está com uma cara diferente para a cidade que se transforma nesta época do ano.
Muita gente nem se deu conta, mas em décadas é a primeira vez que Joaçaba não passa por uma transformação nesta época do ano. Com o necessário cancelamento dos eventos por conta da pandemia o carnaval não será realizado, deixando de acontecer o desfile das escolas de samba e o carnaval de blocos.
Por conta disso, a Praça da Catedral, onde é realizado o carnaval de blocos, e a Avenida XV de Novembro, que recebe os desfiles, deixaram de ter as estruturas de arquibancadas, camarotes e tendas. Na XV hoje somente obras que estão em andamento tiram alguns espaços de estacionamentos.
Estaríamos já vivendo a véspera do evento, com muita gente se preparando para curtir a folia, correria nos barracões e a turma do contra reclamando nas redes sociais.
O que se vê hoje é uma cidade que segue seu ritmo, sem o maior evento que realiza. Se é ruim ou bom, somente os números da movimentação econômica poderão dizer. O certo é que é necessário!
E as polêmicas?
De um lado estão os que defendem que o carnaval deixe de acontecer no centro, para gerar menos transtornos no trânsito da área central, não atrapalhar o fluxo do comércio e outros argumentos, de outro lado estão os que defendem o evento, alegando que ele movimenta a economia, atrais os olhares e divulga a cidade.
Mas, é bom ressaltar que neste ano em que estamos vivendo o auge de uma pandemia, não seria possível realizar o evento, mesmo que o anúncio de seu cancelamento tenha sido tardio, apenas um mês antes da data reservada para a realização, o que deixou parecer que havia ainda uma expectativa de que fosse possível por parte dos organizadores, mesmo com o cenário negativo.
Sem carnaval, a cidade fica de fato menos charmosa e sem a agitação de turistas e foliões, o que com certeza representará prejuízos para alguns setores e para as escolas.
Mas o lado bom é que a entidade que organiza o carnaval e as agremiações terão um tempo para pensar e repensar o evento, que se enfraqueceu ao longo dos últimos anos, isso por conta da falta de transparência dos recursos públicos aplicados, perda de público na avenida e uma desunião dentro da própria liga.