Traição, ganância e morte. O crime que abalou Videira

Especial Segunda-Feira, 13 de Dezembro do ano de 2010.

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Especial

Segunda-Feira, 13 de Dezembro do ano de 2010. Era para ser mais um início de semana comum para a Família Seintenfus, residente no bairro Colina Verde, na cidade de Videira. E realmente seria, não fosse o fato de que o chefe desta família, Ivan Seintenfus, de 39 anos de idade estava marcado para morrer. O que talvez ninguém esperava, era que o assassino estava bem mais próximo do que se imaginava. Na manhã do dia seguinte, rádios e jornais trabalhavam coma informação de que um corpo havia sido encontrado em uma estrada de chão batido, com diversas perfurações de faca um tiro na cabeça. No mesmo momento em que populares informavam onde este cadáver havia sido encontrado, no outro lado da cidade, no balcão da Delegacia de Polícia Civil, Sandra Seintenfus, esposa de Ivan, registrava um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do marido. Ele havia saído de casa na noite anterior, para nunca mais voltar. No primeiro final de semana após o crime, a equipe chefiada pelo Dr. Thiago Nogueira, delegado da Comarca de Videira, chegou até o nome de dois homens, que segundo testemunhas estariam envolvidos no assassinato de Ivan. Eles tiveram a prisão preventiva decretada, e foram recolhidos à Unidade Prisional Avançada, onde ainda permanecem detidos. OS BOATOS E O SEGURO QUE NÃO MAIS EXISTIA Os primeiros boatos que faziam parte das rodas de conversa pela cidade eram de que a esposa de Ivan estaria envolvida no planejamento deste crime, objetivando o saque de um valor muito alto, proveniente de um seguro de Vida que Seintenfus possuía. De fato existia mesmo um seguro, porém após o crime, a família descobriu que Ivan havia cancelado o benefício, e mesmo com sua morte, Sandra não teria direito a valor algum. A viúva foi chamada diversas vezes para prestar depoimento à polícia, e em uma dessas ocasiões as peças de um “quebra-cabeça” amoroso começavam a se encaixar. Sandra confessou que sabia dos planos que existiam para matar seu marido, e que um dos homens, que havia sido preso, era quem planejava tudo isso: o pintor Sidnei dos Santos. QUEM É SIDNEI? Segundo a massagista, viúva de Ivan, Sidnei prestava alguns serviços na residência da família, e chegou a ter um relacionamento extraconjugal com ela, dias antes da morte de seu esposo. Segundo Sandra, a expectativa de Sidnei era oficializar um relacionamento com ela, após a morte do eletricitário. Para ela não existem dúvidas de que foi ele que matou seu marido, com a ajuda de Jeremias Pereira, outro pintor que também está detido. SANDRA SABIA QUAL SERIA O DESTINO DO MARIDO Segundo Sandra, ela já sabia o que aconteceria com o marido, dias antes do crime, e não comunicou isso a ninguém, pois Sidnei estaria monitorando seus passos com a intenção de que as informações sobre o plano não chegassem até a polícia. Conforme o relato da massagista, o pintor passou a exigir dela o seguro registrado em nome do marido, chegando a contar por diversas vezes como havia cometido o assassinato, e ameaçando fazer o mesmo caso ela contasse alguma coisa para a polícia. Sandra só teve coragem de falar sobre o que sabia, após a prisão de Sidnei ser decretada pela justiça. OS INDICIADOS Sandra Seintenfus, Sidnei dos Santos e Jeremias Pereira foram indiciados, conforme um inquérito instaurado pela Polícia Civil de Videira, e o Ministério Público ofereceu denúncia, acatada pelo juiz, que agora aguarda a defesa dos acusados. A polícia não descarta o envolvimento de outras pessoas, até o fim das investigações. O CASO O Corpo de Ivan Seintenfus foi encontrado na manhã de 14 de dezembro em uma estrada de chão batido que liga o incubatório da Perdigão ao bairro Amarante. Segundo a polícia civil ele foi morto com um tiro na cabeça e diversas perfurações de faca pelo corpo. Na noite anterior ele saiu de casa sem levar dinheiro ou documentos, com um homem até então desconhecido, que se identificou apenas como “Paulo”. A esposa de Ivan, Sandra Seintenfus fez o registro na manhã do dia 14, minutos antes da polícia receber a informação de que populares haviam encontrado o corpo.

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