Vereador investigado por morte de empresário após discussão política em SC está foragido

Defesa diz que homem se manifestará nesta semana.

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Vereador investigado por morte de empresário após discussão política em SC está foragido

O vereador investigado por assassinar o empresário Luciano Mafassoli, de 47 anos, após uma discussão em um bar de Dona Emma, no Vale do Itajaí, é considerado foragido pela Polícia Civil. Segundo o delegado Juliano Tumitan, responsável pelo caso, o parlamentar Valdir Siqueira (MDB) não se apresentou até a manhã desta segunda-feira (7).

O g1 SC entrou em contato com o advogado dele, que informou que Siqueira deve se apresentar à polícia nesta semana.

O investigador acredita que o inconformismo com o resultado das urnas teria sido o motivo do desentendimento dos dois. Conforme a Polícia Civil, o empresário morto no sábado (5) havia apostado R$ 5 mil no resultado das eleições presidenciais com o vereador suspeito do homicídio.

Relembre o caso

O valor já teria sido pago, em espécie, conforme relato de testemunhas à polícia. A informação será confirmada na investigação.

"A vítima considerou que o atual presidente seria reeleito e perdeu. Por conta disso, a vítima pagou R$ 5 mil, conforme as testemunhas relataram para nós. Mas não concordando com o resultado, teve uma discussão com o autor", relatou o delegado.

A Câmara de Vereadores informou que vai se reunir com a assistência jurídica para definir as medidas em relação ao vereador.

O empresário era proprietário da empresa LS Madeiras, onde, conforme identificou a reportagem, havia uma faixa em apoio a Jair Bolsonaro (PL) até a tarde de domingo (6).

O delegado salientou que todos os envolvidos eram amigos antes da campanha eleitoral começar. Outros dois homens que estavam com a vítima foram golpeados na ocasião, sem gravidade. Ambos devem ser ouvidos pelo delegado, assim como outras quatro testemunhas, a partir desta segunda-feira (7).

"Foram ouvidas duas testemunhas presenciais, o dono do bar e uma senhora que estava lá. Também foi solicitada perícia", esclareceu.

O delegado salientou que todos os envolvidos eram amigos antes da campanha eleitoral começar. Outros dois homens que estavam com a vítima foram golpeados na ocasião, sem gravidade. Ambos devem ser ouvidos pelo delegado, assim como outras quatro testemunhas, a partir desta segunda-feira (7).

"Foram ouvidas duas testemunhas presenciais, o dono do bar e uma senhora que estava lá. Também foi solicitada perícia", esclareceu.

O crime

Segundo a delegada plantonista Elisabete da Cruz Prado, os três amigos participavam de um churrasco no bar, quando o vereador que teria trabalhado na campanha de Lula (PT) chegou ao estabelecimento e pediu uma cerveja. Após beber, por volta das 14h15, o político foi em direção aos três homens para cumprimentá-los.

"[Neste momento] iniciou uma discussão, e depois vias de fato [agressões], entre o autor e a vítima fatal", diz a delegada.

A confusão começou dentro do estabelecimento e continuou ao lado de fora, onde seguiram se agredindo. "O autor foi até o carro dele, pegou uma faca que estava sobre o banco e esfaqueou os três, segundo testemunhas", descreveu a delegada.

Em seguida, o vereador fugiu e o socorro foi acionado para atender os feridos.

O que diz a Câmara de Vereadores

O agente legislativo da Câmara de Vereadores de Dona Emma Jean Carlos Rizzieri disse que "vai se reunir com a assessoria jurídica na segunda para discutir as medidas a serem tomadas a respeito do vereador Valdir Siqueira (MDB), que também é presidente da Câmara".

Rizzieri também informou que o político não entrou em contato com a equipe do legislativo até a tarde de domingo, e que, até segunda ordem, as sessões serão presididas pela vice-presidente Eliani de Fátima Novak (MDB).

O que diz o MDB

O presidente do MDB em Santa Catarina, Celso Maldaner, também foi procurado, e informou que busca mais informações para se manifestar. Até a última atualização deste texto ele não havia enviado posicionamento.

Fonte:

g1

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