Assassino escreve carta pedindo desculpas

Assassino escreve carta pedindo desculpas

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Uma carta assinada por Rafael Ferraz dos Santos, de 24 anos, chegou às mãos da mãe de Alexandre Humenhuk, dona Delci Wrubel (Nina), há poucos dias. No papel, pedidos de desculpas e frases tentando demonstrar arrependimento. “Li só uns pedaços, não li inteira porque comecei a chorar”, conta. Alexandre foi assassinado em março de 2010, no interior de Ponte Serrada. Rafael foi julgado e condenado a 18 anos e quatro meses de prisão. Ele cumpre a pena no Presídio Regional de Xanxerê.

Nina diz que na carta o rapaz relata estar rezando bastante e pede perdão a cada pouco. “Quase todas as linhas tem (a palavra) desculpa”, lembra. A mãe de Alexandre diz ainda que Rafael descreve a prisão como se fosse o inferno. Ela lembra de mais um trecho: “a senhora disse que eu terminei com a minha família, mas a minha também está arrebentada. A gente poderia estar em família hoje”, teria escrito o rapaz. “Meu filho não volta mais. Eu não quero, não aceito o pedido de perdão desse assassino”, desabafa Nina. Ao mesmo tempo, diz não acreditar nas palavras de Rafael. Para ela, ao lembrar que a morte do filho foi praticada de maneira cruel, com o jovem sendo afogado e o corpo descoberto só três meses depois, o conteúdo da carta não é sincero. “Não acredito”, diz. Alexandre teve o último contato com a família na noite de 8 de março do ano passado. Neste dia, disse para a mãe que iria sair de casa, mas logo voltaria. Ele deixou a residência e seguiu até a casa de Rafael, no Bairro Cohab V. O destino foi uma violenta surra, antes de ser levado a um banhado, no interior de Ponte Serrada, e ser morto por asfixia. Além de Rafael, na casa estavam outros dois menores, que ajudaram nas agressões. Gerald Ribeiro, de 19 anos, já condenado a 15 anos e oito meses de prisão, e Valdecir Pinto Ribeiro, de 25 anos, que está preso, mas ainda não foi julgado, também se envolveram no assassinato.

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