Cinta e boia usadas para matar Roseli são achadas e corpo segue desaparecido

Bombeiros continuam as buscas no lago de uma usina no interior de Alto Bela Vista.

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Foto: Polícia Civil/Divulgação/ND
Foto: Polícia Civil/Divulgação/ND

A cinta e a boia utilizadas para matar Roseli Fátima Stoll, de 38 anos, foram localizadas pela PC (Polícia Civil) na casa do ex-companheiro dela após a confissão do crime. O corpo segue desaparecido e as buscas continuam no lago de uma usina hidrelétrica, na comunidade de Entre Rios, a cerca de 10 km do Centro de Alto Bela Vista, no Oeste de Santa Catarina. 

O local em que o corpo estaria foi indicado pelo ex-companheiro de Roseli. A investigação aponta, com base no relato do autor confesso, que a auxiliar de cozinha foi morta asfixiada com uma cinta e seu corpo foi jogado no lago amarrado a uma pedra. As buscas iniciaram na última quarta-feira (8).

No terceiro dia de buscas nove bombeiros militares atuam na operação, entre eles sete mergulhadores. Nesta sexta-feira (10) uma equipe do CBM/SC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina) chegou ao local com um aparelho sonar para auxiliar na procura.

Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Piratuba, cabo Nilton José Gruber, o local em que as buscas estão ocorrendo possui cerca de 25 metros de profundidade.

“Entre 15 e 18 metros conseguimos mergulhar, mas existe muito troncos e galhos de árvore o que dificultam o acesso dos mergulhadores. Desde quarta-feira a varredura já foi feita em cerca de mil metros quadrados”, explica.

Foto: Marcos Feijó/Rádio Rural/Divulgação/ND
Foto: Marcos Feijó/Rádio Rural/Divulgação/ND

Falta de visibilidade dificulta

Os profissionais iniciam as buscas por volta das 10h e seguem até por volta das 18h, em decorrência da falta de visibilidade no período noturno. Os bombeiros contam com o auxílio de dois botes, uma câmera subaquática, que possibilita enxergar embaixo da água, e um equipamento de sonar.

Conforme o CBMSC, o sonar é um dispositivo, em formato de torpedo que é acoplado embaixo da embarcação e funciona como se fosse um ultrassom, com o intuito de navegação, comunicação ou detecção de objetos na ou sob a superfície da água, como outras embarcações ou grandes animais.

De acordo com o pulso sonoro detectado, ele gera uma imagem. Muitas embarcações já possuem o sonar próprio. A diferença do utilizado nas buscas pelo corpo de Roseli é que ele desce até 50 metros com um cabo. Tem uma potência bem maior e apresenta resolução melhor.

“A câmera ela é eficaz onde existe luminosidade, mas como no fundo tem muitas barreiras dificulta a visibilidade. Por isso, o equipamento de sonar veio para auxiliar e melhoras as buscas”, acrescenta Gruber.

O comandante observa que existe a possibilidade do corpo ter ficado preso a algum material, como por exemplo em galhos ou troncos, em decorrência da grande quantidade de barreiras, o que pode estar dificultando a localização.

Além dos bombeiros de Piratuba e Florianópolis, a equipe conta com profissionais de São Miguel do Oeste, Pinhalzinho e Joaçaba. Uma reunião deve ser realizada ao fim desta sexta-feira para identificar a necessidade de mais reforço.

Ex-companheiro está preso

Após ser localizado na noite de terça-feira (7) em Antônio Prado (RS), a cerca de 270 km de Alto Bela Vista, o ex-companheiro de Roseli segue preso preventivamente em Concórdia.

O homem fugia em um Renault/Logan e tentou escapar de uma abordagem da Brigada Militar do Rio Grande do Sul na rodovia RS-122, mas mesmo assim acabou preso.

“Após cerca de 18 km de acompanhamento, conseguimos a abordagem do suspeito. Iniciamos os questionamentos, com base nas informações já repassadas, e notamos um nervosismo ao ser questionado sobre o paradeiro de sua ex-companheira”, explicou o 36º Batalhão de Polícia Militar em nota.

O homem tentou fugir a pé por uma região de mata fechada e de difícil acesso, contudo os policiais conseguiram captura-lo novamente. “Ele ofereceu resistência, mesmo imobilizado no chão, evitando entregar as mãos para o uso das algemas”, detalhou a polícia gaúcha.

O carro foi apreendido e passou por perícia com luminol, utilizado em perícias criminais de modo a identificar sangue no local do crime.

Fonte:

ND +

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