Copa do Mundo de futebol feminino começa com vitória da Nova Zelândia; Brasil estreia na segunda
Brasil soma esforços para sediar o Mundial de 2027.
Graças a um gol de Hannah Wilkinson, a Nova Zelândia derrotou a Noruega por 1 a 0, na manhã desta quinta-feira (20), no Eden Park, em Auckland, na partida que abriu a edição 2023 da Copa do Mundo de futebol feminino. Com o triunfo, a seleção neozelandesa assumiu a liderança do Grupo A do Mundial com três pontos.
Contando com uma das principais jogadoras do certame, a atacante Ada Hegerberg, a Noruega era apontada como favorita diante das donas da casa. Porém, quem se saiu melhor no primeiro tempo foi a Nova Zelândia, que criou a primeira oportunidade clara de gol logo aos quatro minutos com chute de longe da volante Steinmetz, mas a bola acabou indo para fora.
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Pelas norueguesas, a melhor oportunidade na etapa inicial saiu justamente dos pés de Ada Hegerberg, aos 36 minutos, quando Hansen encontrou a centroavante, que finalizou de primeira, mas Stott conseguiu cortar.
Após o intervalo, a Nova Zelândia transformou a sua superioridade em vantagem logo aos dois minutos. A equipe da casa saiu em contra-ataque rápido pela direita. Jacqui Hand avançou em velocidade e cruzou rasteiro para o meio da área, onde a centroavante Hannah Wilkinson teve apenas o trabalho de escorar de direita para superar a goleira Mikalsen.
A Noruega quase empatou aos 13. Hegerberg fez boa jogada pela esquerda e encontrou Haavi, que cruzou para Maanum, que finalizou com perigo. Mas quatro minutos depois as donas da casa responderam com belo chute de fora da área de Indiah-Paige, que obrigou a goleira Mikalsen a se esticar para fazer grande defesa.
Minutos depois, as visitantes criaram a sua melhor oportunidade de marcar, quando Tuva Hansen bateu de primeira e a bola explodiu no travessão do gol defendido por Esson. Aos 44 minutos, Percival teve a oportunidade de marcar o segundo da Nova Zelândia, mas a volante desperdiçou uma cobrança de pênalti.
A partir daí, a equipe da casa mostrou muita vontade para segurar a vantagem até o apito final para garantir a sua primeira vitória em uma partida de Copa do Mundo de futebol feminino.
Cerimônia de abertura
Antes de a bola rolar, o Eden Park foi o palco da cerimônia de abertura da competição, que contou com um espetáculo - música e dança - que mostrou um pouco da cultura dos povos originários da Oceania, que recebe a competição pela primeira vez na história. O evento também apresentou as 32 equipes que participam do Mundial.
Além disso, a plateia respeitou um minuto de silêncio pelas vítimas de um tiroteio registrado na noite da última quinta-feira (19), nas proximidades do hotel no qual a seleção da Noruega estava hospedada em Auckland, para o jogo de abertura do Mundial feminino.
Estreia do Brasil
A seleção brasileira, que busca o inédito título da Copa do Mundo, estreia na primeira fase da competição a partir das 8h (horário de Brasília) da próxima segunda-feira. O confronto contra o Panamá vale pelo Grupo F, que também conta com França e Jamaica.
Brasil poderá sediar evento
o país se prepara para que, independente do resultado final nos gramados da Oceania, o futebol feminino tenha ainda mais visibilidade e atenção em 2027, ano da próxima edição do Mundial. O Brasil é, junto a outras três candidaturas (duas delas formadas por conjuntos de países), finalista para ser sede do campeonato daqui a quatro anos. A escolha será feita em maio de 2024, no congresso anual da Fifa.
A ministra do Esporte Ana Moser viajou aos países-sede de 2023 para acompanhar a Copa e também fortalecer a candidatura brasileira nos bastidores. Moser participou recentemente do videocast Copa Delas. da EBC, e falou sobre a importância de se trazer o evento para o Brasil. A ministra acredita que a empreitada se encaixa na iniciativa de desenvolvimento da modalidade no país, que inclui a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino, a ser regulamentada pelo governo.
"Esta candidatura não vem sozinha. Ela vem num contexto da construção do futebol feminino como foco desta gestão. Podemos fazer um paralelo com outros esportes, inclusive o meu, o vôlei, que conseguiu um avanço a partir da continuidade de um investimento. Não existe fórmula mágica. A Copa de 2027 seria a coroação de uma estratégia para trazer mais visibilidade. Uma ação ajuda a outra. Estaremos lá na Austrália e na Nova Zelândia brigando por essa candidatura pelo país e pelo continente, porque seria a primeira Copa do Mundo feminina na América do Sul", afirmou a ministra.