Dia nacional da diabetes: veja os mitos e como se prevenir da doença

A data promove a conscientização sobre fatores de risco, diagnóstico e prevenção contra a doença.

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(crédito: Reprodução/Unsplash)
(crédito: Reprodução/Unsplash)

Nesta quarta-feira, dia 26, é celebrado o Dia Nacional da Diabetes, instituído pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A data promove a conscientização sobre fatores de risco, diagnóstico e prevenção contra a doença que é caracterizada pela baixa produção ou má absorção de insulina. 

A nutricionista e especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) Adriana Stavro explica que existem três tipos de diabetes. "A diabetes tipo 1, antes conhecido como diabetes juvenil, é uma doença autoimune onde as células pancreáticas produtoras de insulina são destruídas, tornando os pacientes dependentes de insulina. 

Já o tipo 2 é caracterizado por níveis elevados de glicose no sangue devido à resistência à insulina e produção insuficiente de insulina pelo pâncreas. Está associado a fatores como obesidade, sedentarismo, dieta inadequada e histórico familiar", comenta. A especialista acrescenta que existe a diabetes gestacional que ocorre durante a gestação devido à diminuição da tolerância à glicose e resistência crônica à insulina.

De acordo com o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), no Brasil existem 20.080.756 pessoas diagnosticadas com diabetes. Mas de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) o número deve ser bem maior, já que estimam que só 10,2% das pessoas com a doença são diagnosticadas.

Segundo a SBD, uma a cada 3 pessoas com diabetes não sabe ter a doença, uma vez que os sintomas de diabetes podem demorar a se apresentar — muita sede, urinar demais, vista turva, emagrecimento. 

Dentre os tipos de diabetes, 90%, das pessoas diagnosticadas é de diabetes tipo 2. Já o diabetes tipo 1 (de 5% a 10% do total) acontece em pessoas com predisposição genética, nas quais o sistema imunológico ataca equivocadamente as células que produzem insulina.

Mitos sobre a doença

Não faltam receitas "milagrosas" que prometem controlar a doença. No entanto, os cuidados e o controle da glicose são essenciais para evitar complicações no futuro, que ocorrem quando o tratamento não é feito de forma adequada. Diante disso, é comum surgirem dúvidas e inúmeras informações erradas ou mitos que envolvem o assunto.

Com base nisso, a nutricionista Adriana Stavro esclareceu alguns mitos que surgem principalmente na internet. "Um dos principais é o de que pessoas com diabetes não podem comer açúcar. Este é um dos mitos mais comuns sobre a diabetes, que as pessoas com a doença devem seguir uma dieta sem açúcar. Na verdade, pessoas com DM precisam seguir uma dieta balanceada e podem consumir açúcar com moderação", comenta.

"Outro mito comum é o de que somente pessoas acima do peso desenvolvem diabetes, embora a obesidade seja um fator de risco significativo, pessoas de qualquer peso podem desenvolver diabetes, especialmente diabetes tipo 1", e por fim a especialista acrescenta que a diabetes é classificada como uma doença não transmissível, o que significa que não pode ser transmitida por espirros, pelo toque, pelo sangue ou por qualquer outro meio de pessoa para pessoa.

Como prevenir a diabetes tipo 2

• Adotar uma dieta saudável: Priorizar alimentos naturais e minimamente processados, evitando açúcares refinados, alimentos processados ricos em gorduras saturadas e carboidratos refinados.

• Manter um estilo de vida ativo: Praticar exercícios físicos regularmente.

• Gerenciar o peso corporal: Manter um peso adequado para evitar a obesidade, que é um fator de risco significativo.

O tratamento do diabetes envolve:

• Mudanças no estilo de vida: Incluem a prática regular de atividade física, controle dos níveis de estresse e manutenção de um peso corporal saudável.

• Dieta balanceada: Incluir alimentos anti-inflamatórios, antioxidantes e de baixo índice glicêmico, como fibras, proteínas magras, gorduras saudáveis, vegetais não amiláceos, peixes ricos em ômega-3, grãos e cereais integrais, frutas de baixo índice glicêmico, e ervas e especiarias.

• Medicação: Em alguns casos, o uso de insulina ou medicamentos que ajudem a controlar os níveis de glicose no sangue é necessário, especialmente para DMT1 e alguns casos de DMT2.


Fonte:

Correio Braziliense

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