Leite Compensado: veja quais são as marcas adulteradas com soda cáustica e água oxigenada

Produtos contaminados foram distribuídos em escolas e até exportados para a Venezuela.

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Foto: Divulgação / ND+
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A prisão do “Mago do Leite” na operação Leite Compensado, do Ministério Público, no dia 11 de dezembro, no Rio Grande do Sul, acendeu um alerta nos consumidores de laticínios em todo o país. A fábrica Dielat Laticínios, em Taquara, foi alvo de investigações por suspeitas adulterar leite com soda cáustica e água oxigenada.

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A ação resultou na prisão de cinco pessoas, entre elas, o engenheiro químico Sérgio Alberto Seewald, conhecido como o “Mago do Leite”. Desde 2013, a operação combate fraudes na produção de leite no Brasil.

A fábrica Dielat Laticínios distribui produtos amplamente no Brasil e também exporta seus produtos para a Venezuela. A empresa também fornece laticínios para escolas e órgãos públicos para diversas regiões do país.

Segundo o TCE (Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul), cidades como Porto Alegre, Taquara e Gravataí receberam produtos adulterados para merenda escolar entre 2019 e 2023. Veja as marcas:

  • Mega Lac
  • Mega Milk
  • Tentação
  • Cootall
  • Tigo (vendida no mercado venezuelano)
Foto: Divulgação / ND+
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‘Mago do Leite’ adulterava laticínios com compostos químicos perigosos

De acordo com o promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, a soda cáustica era usada para ajustar o pH do leite, mascarando a acidez e tornando o produto adulterado indetectável em análises rápidas. A água oxigenada, por sua vez, servia para eliminar micro-organismos e recuperar produtos em estado de deterioração.

“Além de aprimorarem as fórmulas para adulteração, também aprimoraram as práticas criminosas”, afirmou o promotor. Ele alertou para os riscos à saúde, destacando que a soda cáustica pode conter metais pesados, alguns cancerígenos. A fraude foi encontrada em leite UHT, leite em pó, compostos lácteos e soro de leite.

Os acusados, incluindo o chamado “Mago do Leite”, utilizavam códigos como “vitamina” e “receita” para disfarçar as irregularidades. Também foram identificadas práticas como o reprocessamento de compostos lácteos vencidos.

A fábrica, além de fornecer para escolas, venceu recentemente uma licitação para distribuir laticínios em municípios de São Paulo. A operação do MPRS segue em curso, com novas diligências para mapear a extensão da fraude e identificar os responsáveis.

Fonte:

ND+

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