Mobilização

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As Associações Comerciais e Industriais de Joaçaba, Chapecó e Lages decidiram unificar a atuação junto aos governos estadual e federal para resolver a crítica situação do setor produtivo. Dirigentes das três entidades estiveram reunidos em Joaçaba e decidiram elaborar um documento a ser entregue ao governador Raimundo Colombo. Querem medidas legais para preservar o perfil econômico da região, evitando novas transferências, e incentivos para novos empreendimentos identificados com a vocação do grande oeste, a partir de Lages.

Uma das reivindicações: reavaliação do sistema de avaliação do chamado movimento econômico gerado pelas agro-indústrias. As empresas exportadoras emitem as notas fiscais no embarque feito nos portos, principalmente, em Itajaí. O valor adicionado fica creditado na cidade portuária. A Secretaria da Fazenda vem estudando a adoção de novos critérios de redistribuição do ICMS aos municípios. O movimento econômico é a base de cálculo para a fixação dos índices de retorno do maior imposto estadual. Mantidos os atuais critérios, os municípios produtivos transferem a riqueza do movimento gerado para o litoral. Ficou decidido que o documento enfatizará mais uma vez a urgência na duplicação da BR-282 e na construção das ferrovias Norte-Sul e Leste-Leste. O oeste catarinense viveu encruzilhada semelhante na primeira metade do século passado, com carência de energia, estradas, educação e integração. Santa Catarina sofria até o risco de desintegração física com ameaça real de criação do Estado do Iguaçu. O governo Celso Ramos criou a Secretaria do Oeste, garantiu energia, escolas, saúde pública e a região explodiu para se transformar no maior pólo do agronegócio no Brasil.

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