Após quase 10 horas sequestro termina sem feridos e com rendição

Até a noite deste domingo, 31, foram libertados os reféns que estavam em uma casa invadida por um homem, de 35 anos, no bairro Presidente Médici, em Chapecó. O sequestro envolveu 10 pessoas e teve início no final da manhã, quando o homem invadiu a residência armado.

Entre os reféns estava um menino, de 13 anos, filho do sequestrador, que foi libertado às 19h45. Também estava na casa uma mulher idosa, que ficou escondida em um quarto sem ser notada pelo sequestrador.

Negociações e desfecho

A polícia negociou a libertação dos reféns ao longo do dia, utilizando um telefone celular para se comunicar com o sequestrador. Durante as negociações, ele revelou sua intenção de atrair a ex-esposa para a residência, onde pretendia matá-la, junto com o filho, e em seguida tirar a própria vida.

Agentes do Bope, vindos de Florianópolis, chegaram à cidade no final da tarde para auxiliar na operação. A libertação do menino indicou que o homem estava cansado e poderia se entregar. Por volta das 21h20, ele finalmente se rendeu e foi encaminhado à central de polícia.

Reféns e fuga inicial

No início do sequestro, quatro adultos conseguiram fugir da casa após o homem arrombar a porta e entrar armado. Entre os fugitivos estava um homem que pulou uma janela carregando no colo uma menina, de 2 anos, filha da ex-esposa do sequestrador, fruto de outro relacionamento.

Ao longo da tarde, os reféns foram sendo liberados gradativamente. A ex-esposa do homem acompanhou a operação de dentro de um ônibus próximo à residência, ajudando a polícia com informações.

Histórico de violência

Segundo familiares, o homem perseguiu a ex-esposa nos dois anos em que estiveram separados, inclusive em outra cidade. Durante esse período, mais de 10 boletins de ocorrência foram registrados contra ele, e uma medida protetiva foi concedida, mas frequentemente descumprida. Ele também teria tentado suicídio em outras ocasiões, uma delas ao subir em um prédio em Chapecó, sendo contido pelos bombeiros.

A investigação sobre o caso continua, com foco no histórico de violência doméstica e ameaças cometidas pelo sequestrador.