Colocar uma escola de samba na avenida é uma tarefa trabalhosa. Após a definição do enredo começa o trabalho do carnavalesco que cria as fantasias, esculturas e as peças que vão compor as alegorias. Ele cria os desenhos e os protótipos, define as cores, os materiais e todos os detalhes que serão o resultado final visto na avenida na hora do desfile.
Mas sendo um só, na hora de tirar tudo do papel, um carnavalesco jamais conseguiria dar conta de aprontar as milhares de peças, colar as inúmeras lantejoulas e paetês ou costurar os muitos metros de tecido. Sem falar no o trabalho da solda, a parte elétrica das alegorias, as esculturas. Entram em cena então, os profissionais e voluntários que acima de tudo, também são apaixonados por carnaval.
Ao visitar a Escola de Samba acadêmicos do Grande Vale, a reportagem do Portal Éder Luiz conversou com três dessas pessoas que falaram um pouco mais sobre como é trabalhar para o carnaval.
Dona Juraci da Rosa, ou Dona Jura, como prefere ser chamada, tem o barracão de escola de samba como local de trabalho. São seis anos costurando para a Acadêmicos do Grande Vale e mais de 30 trabalhando para o carnaval, se contar o envolvimento anterior com outras agremiações. Como funcionária efetiva, é o trabalho de suas mãos na maquina de costura que da forma para as fantasias.
"Amo fazer isso. Quando está tudo pronto e a escola está na avenida a sensação é indescritível. É lá que você vê o resultado e tudo ganha sentido. É como um sonho! comentou a costureira que além de trabalhar no barracão já desfilou como baiana e agora coordena uma ala da escola no desfile". afirmou Dona Jura.
Delci da Fonseca de Mattos também é outra que adora não só carnaval como principalmente poder ajudá-lo a ser construído. Assim como Dona Jura, ela está a seis anos frequentando a Acadêmicos do Grande Vale e auxiliando nos trabalhos da agremiação.
"Venho todos os dias recorto tecido, desmancho fantasia, colo adereço, ou seja, faço de tudo um pouco. O resultado no final é lindo e além de tudo vir para o barracão ajudar, rende momentos de alegria e muitas amizades". comentou.
E nos barracões não tem espaço apenas para os veteranos que há anos tem vinculo com a escola. Depois de muito tempo longe do carnaval, Cleusi Carletti, aproveitando as horas que tem livre também tem vindo ajudar na confecção das fantasias e se sentiu muito bem acolhida.
"É um passatempo e ocupa a cabeça. Depois ainda desfilamos e isso é muito divertido. Recomendo que quem tive tempo livre, e até se sentindo sozinho venha ajudar. Faz muito bem para a pessoa" convidou Clesi.
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