Avô cuida de neta deficiente em casa que ameaça desabar e precisa de ajuda

"Amor de avô, que cuida como se fosse pai". É assim que o morador de Herval d' Oeste, Pedrinho Ribeiro dos Santos, de 52 anos, resume o sentimento que tem pela neta Raissa, que foi deixada com ele pela filha que teve depressão e abdicou dos cuidados dela. Já são 11 anos dedicados a cuidar da menina, que por ter sofrido de coqueluche quando ainda era bebê, teve graves sequelas neurológicas, necessitando de cuidados especiais e não bastasse a situação delicada por causa do problema de saúde, os dois moram sozinhos em uma casa que ameaça desabar e por isso precisam de ajuda.

Depois do contato por telefone feito pelo avó com nosso Portal, estivemos na casa nesta manhã de segunda-feira (13). Entrando na residência, o medo tomou conta. Isso porque, a cada passo dado, as tábuas do assoalho que está cheio de buracos, passavam a sensação de que iriam ceder e a cada movimento mais brusco, era como se casa balançasse. Além disso, bastou olhar para o teto e para as vigas que apoiam a casa para ver tijolos e pedaços de madeira servindo de escora para a estrutura. Realmente impossível crer que ambos conseguem pegar no sono em um local como esse. Passada a apreensão inicial, fomos conhecendo melhor seu Pedrinho e percebemos um homem dedicado e muito preocupado com o bem estar da neta. Além de não tirar os olhos dela, que a cada pouco se mostra inquieta e precisa de seu apoio, dentro das condições que o local oferece, vimos uma casa organizada, com pia e fogão limpos e as camas que são simples, bem arrumadas. Nada de objetos fora do lugar e nenhuma bagunça que pudesse indicar desleixo. "Faz muito tempo que estou nessa situação. Sou aposentado por invalidez e ela também recebe um beneficio, mas isso só nos mantém com alimentação e outras despesas", afirmou o avô que fica com a neta pela manhã e de tarde a encaminha para atendimento na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). A situação se agravou ainda mais depois que o banheiro de outra casa que fica acima da residência dele desabou e atingiu uma parede da casa. Há ainda que se destacar as frestas nas paredes, que no inverno aumentam a sensação de frio, goteiras que muitas vezes molham os poucos móveis e a topografia do terreno que é bastante íngreme e dificulta inclusive, a entrada e saída da casa. "Estou a cada pouco escorando uma parede, colocando um remendo no telhado e quando dá temporal rezando que a casa não caia, alias, acho que só não caiu ainda porque Deus sabe que tem um anjo especial que mora aqui", explicou Pedrinho. Vários pedidos e nenhuma ajuda Pedrinho conta que já procurou prefeitura e Assistência Social do Município, porém, todas as ajudas não passaram de promessas. Além disso, também pediu ajuda através de campanhas, mas, muitas pessoas que se comprometeram em auxiliar não o fizeram. "Faço o que posso, mas não consigo reverter essa situação. As vezes me sinto como um Zé Ninguém", desabafou emocionado. Como o local não tem mais condições para abrigar os dois, e para pagar aluguel ele não tem dinheiro, o ideal e urgente seria uma nova casa, simples e com preço acessível. Porém, como ele não tem condições de comprar, precisaria de doações da comunidade, qualquer valor, mas que somasse uma quantia razoável para poder comprar um novo imóvel para ele e a neta. "Eu poderia dizer que não tenho condições, entregar ela para o Conselho Tutelar para levarem pra abrigo e nem dar mais bola, como tem muitos que fazem, mas, eu jamais me sentiria em paz. Ela é tudo pra mim, por isso faço o que está ao meu alcance para cuidar dela e me desespera pensar no risco que estamos correndo aqui", afirmou o avô. Quem quiser colaborar indicando um imóvel com preço condizente com a realidade apresentada, pode entrar em contato pelo telefone: (49) 9 8435-4388. E quem quiser doar qualquer quantia, para que posteriormente ocorra a compra da casa, pode fazer depósitos na seguinte conta: Caixa Econômica Federal Conta Poupança Agência: 0418 Operação: 13 Conta: 113218-5 Nome: Pedrinho Ribeiro dos Santos CPF: 539 437 919-04 Fonte: Portal Éder Luiz