Bebê que nasceu após acidente está em estado gravíssimo
Na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital São Paulo, em Xanxerê, Oeste de SC, o bebê Caio André Pfeifer luta pela vida.

Na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital São Paulo, em Xanxerê, Oeste de SC, o bebê Caio André Pfeifer luta pela vida. Até as 22h desta segunda-feira, o recém-nascido estava em estado gravíssimo, segundo o hospital. O menino nasceu após um acidente de carro no qual a mãe morreu antes do parto.
Ter nascido já é quase um milagre, segundo a própria equipe médica. Sua mãe, Elisângela Zambiasi de Mello, de 30 anos, foi sepultada no final da tarde desta segunda-feira. Ela sofreu um acidente na BR-282, no final da tarde deste domingo. O carro conduzido pelo marido, André Luís Pfeifer, teria caído num buraco no Km 596 e saído de controle, descido por um barranco e chocado-se contra uma árvore. André e Elisângela ficaram presos nas ferragens do Renault Clio até a chegada dos bombeiros. A mãe estava inconsciente. Mas sobreviveu até a chegada do socorro, o que foi fundamental para que o menino nascesse. — Nossa preocupação era tirar ela rápido para, pelo menos, salvar o bebê— disse o bombeiro Giovanni Rigo, que participou do salvamento. No caminho de nove quilômetros entre o local do acidente, que fica em Cunha Porã, e o Hospital São José, em Maravilha, Elisângela acabou morrendo, por volta das 18h40. Mas as equipes médicas já estavam avisadas e mobilizadas. Eles tinham menos de cinco minutos para fazer o parto e conseguiram isso em apenas dois. O bebê teve parada cardiorrespiratória logo ao nascer, mas foi reanimado e sobreviveu. — Ficamos emocionados, o caso é raro pois a mortalidade é de praticamente 100% nesses casos — disse o médico Eduart Greelmann, que participou da cesariana. O bebê foi transferido para o Hospital São Paulo, de Xanxerê, que fica a 120 quilômetros de Maravilha, onde existe uma UTI Neonatal. Somente no início da noite desta segunda-feira, depois de ter velado e sepultado a mulher, é que o pai André Luís Pfeifer conseguiu ver o filho. Ele foi acompanhado do tio de Caio, César Zambiasi, que lembrou a alegria da irmã adotiva com a gravidez. — Ela estava muito feliz aos nove meses, pois desde o início havia risco de aborto — lembrou. Elisângela teve que tomar medicamentos a partir do segundo mês. Já na gestação, Caio, como a mãe quis que ele se chamasse, já batalhava pela sobrevivência. O parto estava previsto para esta quinta-feira. — Ela morreu no mesmo dia da mãe dela, há 14 ou 15 anos — lembrou o tio. Conservação em debate O advogado da família da vítima, Lucas José Oberdoerfer, informou que vai entrar com uma ação judicial contra o Departamento de Infraestrutura do Transporte (DNIT) e a União pela má conservação da rodovia. Com informações do DC
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