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Decisão de limitar tráfego gera polêmica

Decisão de limitar tráfego gera polêmica

Éder Luiz

Éder Luiz

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Será uma nova queda de braços entre os municípios “coirmãos”? Depois que 225 matrículas irregulares, em que alunos hervalenses foram proibidos de estudar no Centro Educacional Roberto Trompowsky (CERT) de Joaçaba, impasse já resolvido. Surge uma nova polêmica, dessa vez declarações do prefeito de Herval d’ Oeste, Nelson Guindani falando sobre as alternativas que vem sendo estudadas pela prefeitura para limitar o tráfego de caminhões no acesso Egídio Pozzobon. A intenção da administração hervalense é permitir apenas a circulação de caminhões com menos de 10 toneladas no local, medida que vem gerando polêmica já que o tráfego pesada seria desviado para Joaçaba.

O acesso seria permitido somente até o Distrito Industrial, localizado a aproximadamente 150 metros da BR 282. A ação tem por objetivo reduzir os acidentes graves de uma vez que no local. Em entrevista concedida a Rádio Nova Líder de Herval d’ Oeste, o prefeito reiterou que encaminhou ofício ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) solicitando a limitação de tráfego de caminhões no acesso. A medida é necessária, já que vários acidentes aconteceram no local e caminhoneiros já perderam a vida. No entendimento do prefeito o reforço da sinalização apenas, como sugerido por algumas lideranças, não resolveria o problema. Caso ocorra a limitação de tráfego os ônibus, por exemplo, de linhas estaduais, teriam que passar pelo centro de Joaçaba para chegar ou sair da rodoviária. O vereador de Joaçaba, Vilmar Zílio em recente sessão da Câmara de Vereadores se manifestou sobre a declaração do prefeito de Herval d’ Oeste. Zilio é contra a decisão de limitar o acesso e lembra que ao tentar reduzir possíveis problemas naquela rodovia, os caminhões e carretas que tiverem que chegar a Herval d’ Oeste ou Joaçaba, terão, obrigatoriamente que transitar pelo centro de Joaçaba. Esta medida pode causar sérios problemas, ao fluxo de trânsito que já complicado. Guindani disse que a tomada de decisão, quanto à segurança do local é a melhor alternativa no momento. “Não podemos fazer grandes obras no momento, até porque quando se fala em investimentos ou em obras, é preciso ter recursos. E teremos que conseguir valores expressivos para a revitalização do acesso, desde que não comprometa os recursos do município”, explica. A administração pretende promover o alargamento da pista, porém as melhorias não podem ser executadas no momento. “Se para coibir acidentes é preciso limitar o acesso, como já anunciamos, iremos fazer. Porque até agora Herval d’ Oeste foi cobaia de Joaçaba, nas mudanças de trânsitos realizadas do outro lado da ponte, nós é que tivemos que receber o grande fluxo de veículos. Porque é que só Herval d’ Oeste pode ter uma acesso para receber os veículos pesados?”, questiona. “Cito o exemplo de um grande evento da região, o Desfile das Escolas de Samba que acontece na Avenida XV de Novembro, durante uma semana, todo trânsito é jogado para Herval d’ Oeste. Sem falar que a SC 135 passa por Joaçaba, e hoje a ligação entre Capinzal e Videira vem passando por Herval d’ Oeste”, desabafa. “Devemos continuar um trabalho de integração com os joaçabenses, mas não seremos mais cobaia. Iremos defender nossos interesses, conforme a população solicita”, salienta. “Queremos promover alteração também em nosso trânsito, vamos defender nosso traçado e nosso desenvolvimento”. Conforme Guindani se o município receber a autorização do DNIT de Joaçaba, as mudanças poderão ser realizadas. “Já encaminhamos um ofício ao órgão com abrangência no meio oeste solicitando a limitação de tráfego de caminhões no acesso Egídio Pozzobon, nas proximidades da ponte sobre o Rio Barra Verde. Se não tivermos essa autorização, adequaremos o acesso, da mesma maneira, com intervenções menores”, diz. “Mas não cabe apenas uma decisão política para mudança do traçado e sim técnica. É necessária uma análise criteriosa por parte do DNIT em qualquer mudança feita no local”, explica. O prefeito recebeu o apoio da bancada do PMDB nesta semana. Tanto que membros do partido encaminharam requerimento ao Secretário de Estado da Infraestrutura Valdir Kobalchini visando o alargamento e retirada da curvatura da Ponte localizada no Acesso Egídio Possobon. O líder da bancada na Câmara de Vereadores, Juarez de Souza explica, e apoia o desabafo do prefeito Guindani. “É um grito de independência para Herval d’ Oeste. O problema persiste há anos e para que a mudança aconteça e a obra seja viabilizada, precisaremos de empenho de recursos, que pode ser conseguido através de convênio com o estado”. Desde o último acidente ocorrido no local, as muretas da ponte continuam destruídas. Apenas remendo com tabuas de compensado e carrocerias de caminhão, foram feitas deixando a ponte ainda mais perigosa e prejudicando o espaço para pedestres que já era estreito. O prefeito informou que a recuperação das muretas será realizada assim que o processo licitatório estiver pronto. Histórico trágico O último acidente no local aconteceu no dia 25 de março, causando a morte de um motorista de 30 anos do Rio Grande do Sul. O caminhão Mercedes-Benz com placas IGB-3223 de Ibiaçá-RS, que carregada de fertilizantes, fazia sentido Herval d’Oeste, quando ficou desgovernada e caiu da ponte. Testemunhas relataram que o veículo passou em alta velocidade. Problemas mecânicos pode ser a possível causa do acidente, já que no local não foram encontradas marcas de pneus o que é um forte indício da falta de freios. Outros acidentes com vítimas já foram na curva próximo à ponte no acesso Egídio Pozzobom. Outra morte no local aconteceu em julho de 2010. Um caminhão com placas de Xaxim (SC) tombou com uma carga de produtos químicos que seguia do Paraná para o Oeste catarinense. Antes o veículo bateu na ponte. O motorista, Leandro Lemes de Camargo, de 22 anos, morreu na hora. No dia 26 de dezembro do ano passado. Uma saída de pista seguida de capotagem envolveu um veículo Celta de Tupanci do Sul (RS), pertencente a uma empresa de pinturas. Por sorte o motorista, Éder Marchiori, de 25 anos, se salvou.


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