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Tecnologia

Do Luxo à Popularização: O Crescimento dos Resorts Integrados em Países Asiáticos

Os resorts integrados com cassinos deixaram de ser um símbolo exclusivo de luxo reservado.

Éder Luiz

Éder Luiz

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Os resorts integrados com cassinos deixaram de ser um símbolo exclusivo de luxo reservado à elite e vêm se consolidando como centros multifuncionais de entretenimento, turismo e negócios. Na Ásia, especialmente em destinos como Macau, Singapura e Filipinas, esse modelo se transformou em pilar estratégico para atrair visitantes e impulsionar as economias locais. Combinando hospedagem de alto padrão, centros de convenções, shoppings, espetáculos e cassinos, esses empreendimentos oferecem uma experiência completa para o turista moderno.

Macau, por exemplo, passou de uma colônia com economia estagnada a um dos principais destinos de jogos do mundo, ultrapassando Las Vegas em receita ainda na década passada. Singapura, com projetos como o Marina Bay Sands, mostrou que infraestrutura moderna e regulamentação eficiente podem atrair milhões de visitantes anualmente. Filipinas, por sua vez, vem se posicionando como alternativa promissora, com resorts em Manila alcançando reconhecimento internacional. O interesse do público por essas atrações também aumentou online, impulsionando a procura por cassinos online que mais pagam, que replicam parte dessa experiência nos meios digitais.

Mais do que uma moda passageira, os resorts integrados se tornaram protagonistas de uma mudança de paradigma no turismo e no entretenimento asiático. Eles movimentam bilhões de dólares, geram milhares de empregos e colocam países do continente no radar de viajantes globais que buscam mais do que apenas uma hospedagem confortável — querem imersão, sofisticação e possibilidades de lazer em um único lugar.

Macau: O império asiático dos cassinos

Macau é o exemplo mais emblemático do sucesso dos resorts integrados. Desde a liberalização do mercado de jogos em 2002, a cidade viu surgir verdadeiros colossos como o Venetian, Galaxy e City of Dreams. A receita do setor de jogos de Macau chegou a ser sete vezes maior do que a de Las Vegas em seu auge. Ainda que a pandemia de Covid-19 tenha reduzido temporariamente o fluxo turístico, os números voltaram a crescer nos últimos dois anos, com 2024 registrando mais de 28 milhões de visitantes.

O segredo do sucesso está na combinação de investimento pesado em infraestrutura, parcerias com grandes marcas globais e uma cultura de jogos já enraizada. Hoje, além do apelo dos cassinos, Macau investe em atrações familiares, museus, gastronomia e eventos para se manter relevante em um cenário de crescente competição regional.

Singapura: Luxo, eficiência e regulamentação exemplar

Quando Singapura decidiu autorizar a construção de resorts integrados, muitos previram resistência social e política. No entanto, com uma estratégia baseada em controle rigoroso, responsabilidade social e design visionário, o país transformou essa aposta em um exemplo global. O Marina Bay Sands, com sua icônica piscina de borda infinita, se tornou um cartão-postal mundial e principal fonte de receita do setor de turismo local.

O Resorts World Sentosa complementa o cenário, com parque temático, aquário, hotéis e um cassino de alto padrão. Juntos, esses empreendimentos geram bilhões em arrecadação e atraem cerca de 20 milhões de visitantes anuais, consolidando Singapura como referência em turismo de luxo e entretenimento controlado.

Filipinas: O novo polo em ascensão

As Filipinas têm investido fortemente para ocupar seu espaço no mercado asiático. A capital Manila abriga o Entertainment City, um complexo de resorts integrados que inclui o Okada Manila, Solaire Resort e City of Dreams Manila. Apesar de ser um mercado relativamente novo, o país atrai cada vez mais turistas vindos da Ásia e da Oceania, além de investidores interessados no rápido crescimento do setor.

Com incentivos fiscais, localização estratégica e uma população jovem e bilíngue, as Filipinas visam competir diretamente com Macau e Singapura. Em 2025, o país já registra crescimento superior a 25% na receita de turismo em relação ao ano anterior, mostrando que a aposta está longe de ser um blefe.

O futuro dos resorts integrados asiáticos

Com a demanda global por experiências de entretenimento completo em alta, os resorts integrados asiáticos devem continuar em franca expansão. Projetos em países como Vietnã, Coreia do Sul e Japão também começam a ganhar tração, ampliando o alcance do modelo. Paralelamente, o crescimento das plataformas digitais e a familiaridade do público com jogos online abrem ainda mais espaço para sinergias entre o físico e o virtual.

A Ásia está redefinindo o que significa ser um destino de entretenimento de classe mundial, unindo tradição, modernidade e uma clara estratégia de longo prazo. O sucesso dos resorts integrados não é apenas uma tendência de mercado, mas um indicativo de como o turismo e o lazer podem se reinventar em plena era digital — com luxo, escala e propósito.


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