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O Ministério da Agricultura confirmou o primeiro foco de gripe aviária em ave silvestre em Santa Catarina, o segundo maior Estado produtor de frango do Brasil. Conforme dados atualizados pelo ministério nesta terça-feira, o caso foi registrado no município de São Francisco do Sul. Com isso, o país acumula 50 focos até agora, todos em aves silvestres.
No caso catarinense, a influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) foi encontrada na espécie trinta-reis-real.A informação sobre o caso de Santa Catarina veio poucos dias após a confirmação de dois focos no Paraná, Estado que lidera a produção brasileira de frango.
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Um terceiro caso também está em investigação no município de Paranaguá (PR). Rio Grande do Sul, terceiro no ranking de abates de aves do país, também registra um caso da doença que foi confirmado no mês passado.
O Brasil segue com o status sanitário livre de influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), e não há restrições à carne de frango brasileira, pois não foram encontrados casos da doença em granjas comerciais.
Ainda assim, a ocorrência em Santa Catarina eleva o nível de risco para a produção e deixa um alerta, já que agora toda a região Sul registra casos da doença em aves silvestres.
Em 22 de maio, o Ministério da Agricultura decretou emergência zoossanitária em decorrência da descoberta dos focos de gripe aviária no país. Com isso, as medidas para impedir a chegada da doença aos plantéis comerciais foram reforçadas.
Analistas ouvidos pela Globo Rural acreditam que, se a gripe avançar para granjas comerciais e houver algum tipo de embargo mesmo que temporário para a carne brasileira, o primeiro impacto sobre o mercado seria a queda nos preços da proteína por aumento de oferta que ficaria no país.
Apesar da presença da doença, o Brasil continua como exportações fortes de frango. Até maio, o país conseguiu se manter no patamar acima de 430 mil toneladas comercializadas ao exterior, uma média mensal que vem ocorrendo ao longo de 2023 e que nunca foi vista pelos frigoríficos brasileiros em anos anteriores, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Além disso, dados do governo federal mostram que no acumulado de junho até a quarta semana, a média diária de embarques de carne de aves in natura atingiu 21,5 mil toneladas, superando a média de 18,9 mil toneladas por dia exportada no mesmo mês de 2022. O que recuou nesse intervalo foi o preço, que ficou 9% mais baixo.
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