Joaçaba e mais 16 cidades são notificadas para evitar gastos abusivos com o carnaval

Em Santa Catarina, 16 municípios receberam uma notificação do Ministério Público de Contas (MPTC) para evitar gastar dinheiro público com o carnaval. Entre eles está Joaçaba. O órgão quer que os prefeitos analisem a situação financeira das prefeituras. Desfiles foram cancelados em pelo menos cinco cidades.

O MPTC recomenda que a prefeitura que estiver enfrentando qualquer tipo de dificuldade financeira evite gastar com o carnaval. "Não se está aqui o Ministério Público de Contas proibindo a realização do carnaval. Não é isso. Nós queremos que cada gestor analise a situação financeira do município e verifique se existe realmente ou não possibilidade de gastar com o carnaval", explicou a procuradora Cibelly Farias Caleffi. Escolha de cada prefeitura Em Florianópolis, um dos municípios que recebeu a notificação, a prefeitura já havia anunciado em dezembro que não iria investir no carnaval. Mesmo assim, o desfile vai ocorrer porque a liga das escolas conseguiu parte do dinheiro com patrocínio. Já em Itá a decisão da prefeitura foi bem diferente. A cidade de 6,3 mil habitantes vai investir quase R$ 500 mil na festa. O secretário de Turismo de Itá, Adriano Stadtlober, disse que o investimento vale a pena. "A gente movimenta hotéis, movimenta pousadas, farmácias, supermercados. Com certeza, traz retorno para o município". O Ministério Público de Contas explicou que a escolha é de cada prefeitura, assim como a responsabilidade de fechar as contas. "Se o dinheiro público está sendo gasto com festas e não com serviços essenciais, essa despesa não pode ser considerada legítima, ela pode ser questionada", disse a procuradora. Entre os municípios que receberam a notificação do MPTC estão Blumenau, Bombinhas, Criciúma, Florianópolis, Imbituba, Itajaí, Itapema, Joaçaba, Joinville, Laguna, Palhoça, Porto Belo, São Francisco do Sul, São José, Tubarão e Navegantes. Joaçaba Em Joaçaba o valor investido no evento, R$ 600 mil, é o mesmo do ano passado. Segundo o prefeito Dioclésio Ragnini, a quantia foi garantida ainda na administração passada, do prefeito Rafael Laske. “O valor já estava previsto no orçamento do município para 2017, então está garantido. Porém, por conta de algumas mudanças no projeto, a avaliação de alguns detalhes está sendo feita antes que o dinheiro seja repassado oficialmente”. Com informações do G1