Julgamento de Claudia Hoeckler movimenta Capinzal e entra na fase de depoimentos
Acusada de matar o marido e ocultar o corpo em um freezer em Lacerdópolis, Claudia Hoeckler é julgada em Capinzal nesta quinta-feira (28).

Começou pouco depois das 9h desta quinta-feira (28) um dos julgamentos mais aguardados dos últimos anos em Capinzal. Claudia Tavares Hoeckler responde pela acusação de ter matado o marido, Valdemir Hoeckler, em novembro de 2022, e ocultado o corpo em um freezer no município de Lacerdópolis, onde há 34 anos não se registrava um homicídio.
O júri é presidido pela juíza Jéssica Evelyn Campos Figueredo Neves no plenário da Câmara de Vereadores, com um Conselho de Sentença formado por quatro mulheres e três homens. A expectativa é que a sentença seja anunciada ainda hoje.

Defesa e acusação
A defesa é composta pelos advogados Matheus Molin, Gabriela Bemfica, Jader Marques, Casseano Barbosa, Tiago de Azevedo Lima, Eduardo Rebonatto e Guilherme Pittaluga Hoffmeister. Eles sustentam que Claudia foi vítima de violência doméstica ao longo dos 20 anos de relacionamento e que o crime ocorreu nesse contexto, sem premeditação.

Jader Marques, que também integra a defesa, é conhecido nacionalmente por atuar no caso da Boate Kiss, em Santa Maria (RS).
Na acusação estão os promotores de Justiça Rafael Baltazar Gomes dos Santos e Diego Bertoldi, com apoio do advogado Álvaro Alexandre Xavier, assistente de acusação. Eles reforçam a tese de homicídio duplamente qualificado — por meio cruel e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Andamento da sessão
Ao todo, 12 testemunhas devem ser ouvidas: seis de acusação e seis de defesa. No começo da tarde, os trabalhos foram retomados com o depoimento de um Policial Militar, que trouxe informações relacionadas ao caso.
Após a fase de testemunhas, a acusada será interrogada e, em seguida, terão início os debates entre acusação e defesa, com possibilidade de réplica e tréplica. A votação dos jurados ocorre em sala reservada e, com base no resultado, a juíza elabora a sentença, que será lida em plenário.
Mobilização em Capinzal
Antes das 8h da manhã, já havia fila do lado de fora da Câmara de Vereadores. Familiares e amigos de Claudia e Valdemir acompanharam desde cedo, alguns com camisetas estampando fotos e cartazes em apoio às partes. O júri é aberto ao público, mas com acesso limitado à capacidade do espaço, priorizando familiares e, em seguida, a população que conseguiu senha de entrada.

A expectativa é que a sessão se estenda até a noite, com intervalos para almoço e jantar, caso necessário.


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