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Júri do jovem Luan Paiva está acontecendo em Joaçaba

Éder Luiz

19 de outubro de 2017 às 13:04

Luan Paiva é condenado a mais de 20 anos de prisão pelo homicídio de Andrei Ramos

Iniciou na manhã desta quinta-feira, 19, a sessão do Tribunal do Júri que tem como réu Luan Paiva, de 23 anos, acusado de atropelar e matar o jovem Andrei Ramos, de 16 anos, na saída de uma festa no Centro de Promoções de Joaçaba (CPJ), em agosto do ano passado.

Os trabalhos estão acontecendo no fórum da comarca de Joaçaba e são conduzidos pelo juiz Márcio Humberto Bragaglia. Pela manhã foram ouvidas as testemunhas e houve a manifestação do Ministério Público, que denunciou Luan por homicídio doloso, quando há intenção de matar, e mais duas qualificadoras. Luan ainda responde pelas tentativas de homicídio de outros três jovens que estavam com a vítima e foram atingidos pelo carro que ele dirigia, quando estavam no acostamento da BR-282. O corpo da vítima foi achado distante 11 metros do local do impacto.

Luan Paiva é réu confesso do crime, porém, o advogado Álvaro Alexandre Xavier, afirma que a defesa não concorda que houve intenção de matar, o que desqualificaria o crime e daria uma pena mais leve.

O réu acompanha os trabalhos quase sempre de cabeça baixa. O salão onde acontece o júri esteve praticamente lotado pela manhã.

Relembre

Um dos rapazes que estava no veículo dirigido por Luan conversou na época com o Portal Éder Luiz. Ele relatou os instantes seguintes à saída da festa, onde houve uma discussão entre as vítimas e o autor, até o atropelamento.

“Foi na saída da formatura, houve uma discussão boba. Daí ate falei pra ele (motorista)-bobagem, não vale arrumar confusão, vamos embora, saímos e aí uns mil metros para baixo do local ele resolveu voltar. Peguei o celular pra ligar pro meu pai, vir me buscar, quando já escutei o estouro e não vi mais nada”. Comentou o jovem. Ele contou ainda que falou para o autor parar e assumir o que tinha feito, mas, não adiantou. “Falei: Pare e assuma a responsabilidade do que você fez. Mas ele disse: vamos fugir, ninguém vai saber. Aí, eu ainda argumentei: não tem como não saberem, pensa no pai e na mãe dele ”. Relatou o jovem.

Luan foi preso em casa, no bairro Santa Tereza. Ele dirigia um veículo Jetta com placas de São José do Rio Preto/SP, que avançou contra o grupo de quatro jovens do qual Andrei fazia parte.

Novas informações sobre o julgamento ao longo do dia!