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Modelo de Treze Tílias que está no México relata a situação de calamidade após o terremoto

Éder Luiz

21 de setembro de 2017 às 10:55

A modelo Aline Scheid Sartori, natural de Treze Tílias, que trabalha há 3 anos no México, está vivendo de perto os efeitos do terremoto que assolou a capital mexicana e outros municípios na última terça-feira, 19.

O Portal Éder Luiz conseguiu contato com ela na tarde da quarta-feira, em um dos momentos em que tinha energia e internet disponível. " A situação está caótica, agora estou tendo internet e energia, mas acredito que daqui a pouco já vai embora, por que está tudo comprometido. Estou num centro de apoio numa colônia que se chama Condessa, mas estamos saindo por que está havendo vazamento de gás e o exército está solicitando que a gente deixe o local. A situação é crítica e não consigo enviar notícias o tempo todo por que o a internet sem fio não está funcionando muito bem, por mais que o governo tenha liberado, até como uma medida para ajudar quem pode estar embaixo de escombros para se localizar e se comunicar".

Aline revelou como foram os momentos em que a terra tremeu no abalo que atingiu o pico de 7,1 graus.

"Quando deu o terremoto eu estava na academia e o alarme de terremoto só aconteceu durante o tremor, muito depois do início. Senti muito forte, todo mundo correu, foi uma loucura. Justo ontem que completava 32 anos do maior terremoto que atingiu o México. A sensação foi horrível, de pânico, todo mundo correndo e gritando".

Ela revela que há uma grande corrente de solidariedade para tentar encontrar sobreviventes entre os escombros, porém, o risco de novos desabamentos e até o medo de um novo terremoto ainda é grande.

"Ontem ajudamos a tirar escombros de alguns edifícios que caíram, por que tem muita gente ainda embaixo. Muitos prédios caíram a noite e outros estão comprometidos. Tem um risco grande de que muitos outros prédios caiam, infelizmente. A cidade está parada, um caos, mas muita gente está querendo ajudar, com alimentos, com tudo o que pode. Estamos rezando para que não venha um novo terremoto agora, por que se vier ainda cairão muitos prédios. Tenho duas amigas que perderam casas onde moravam, clínicas onde trabalhavam, perderam tudo". Encerrou.

Situação no país

O número de mortos pelo terremoto já chega a 251, de acordo com números divulgados pelos governos locais.

Até as 2h30 da quinta-feira (21) no horário local (4h30 no horário de Brasília), havia a confirmação de 115 vítimas fatais na Cidade do México; 73 em Morelos; 44 em Puebla; 13 no Estado de México; cinco em Guerrero e um Oaxaca.

O prefeito de Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, confirmou o resgate de 57 pessoas sob os escombros de edifícios desmoronados. Aurelio Nuño, titular da Secretaria de Educação no país, informou que em nove estados se somam mais de 5 mil escolas com danos em algum grau por conta dos temores ocorridos em 7 e 19 de setembro.

O secretário da pasta de saúde, José Narro, indicou que até a tarde de quarta-feira (20) haviam sido contabilizados 1.819 feridos pelo terremoto.