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Polícia Federal cumpre 11 mandados de prisão contra funcionários e ex-funcionários da BRF

Polícia Federal cumpre 11 mandados de prisão contra funcionários e ex-funcionários da BRF

Éder Luiz

Éder Luiz

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A Polícia Federal (PF) cumpre mandados judiciais da 3ª fase da Operação Carne Fraca, deflagrada na manhã desta segunda-feira (5), sendo 11 de prisão temporária. O alvo desta etapa é a BRF Brasil Foods. Há mandado de prisão expedido contra o ex-diretor-presidente global da BRF, Pedro de Andrade Faria, que saiu do cargo em novembro do ano passado. Na região, segundo a PF, mandados também são cumpridos nos municípios de Treze Tílias e Chapecó.

Há ainda 27 mandados de condução coercitiva e 53 de busca e apreensão.

Na cidade de Treze Tílias é cumprido um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária. Em Chapecó serão cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, dois mandados de condução coercitiva e um mandado de prisão temporária.

Veja a lista dos investigados que trabalham ou já atuaram na BRF e são alvos de mandado de prisão:

-André Luís Baldissera
-Décio Luiz Goldoni
-Fabiana Rassweiller de Souza
-Fabianne Baldo
-Harissa Silvério el Ghoz Frausto
-Hélio Rubens Mendes dos Santos Júnior
-Luciano Bauer Wienke
-Luiz Augusto Fossati
-Natacha Camilotti Mascarello
-Pedro De Andrade Faria
-Tatiane Cristina Alviero

O G1 enviou um e-mail pra BRF às 7h12 e aguarda um posicionamento sobre o assunto. A reportagem tenta localizar a defesa dos citados.

Esta nova fase foi batizada de Operação Trapaça. Ao todo, são 91 ordens judiciais no Paraná, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, em Goiás e em São Paulo.

Conforme a PF, as investigações apontaram que cinco laboratórios credenciados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e setores de análises de determinado grupo empresarial fraudavam resultados de exames em amostras de processo industrial. Assim, informavam dados fictícios em laudos e planilhas técnicos ao Serviço de Inspeção Federal.

Os investigados podem responder, de acordo com a PF, por crimes como falsidade documental, estelionato qualificado e formação de quadrilha ou bando, além de crimes contra a saúde pública, entre outros.

O objetivo das fraudes era burlar o Serviço de Inspeção Federal (SIF/MAPA) para permitir que o Mapa fiscalizasse a qualidade do processo industrial da empresa investigada.

A primeira fase da Operação Carne Fraca, lançada em março de 2017, investigou o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos. Cinquenta e nove pessoas viraram rés.

Operação Trapaça

"Trapaça" é uma alusão, conforme a PF, ao sistema de fraudes operadas por um grupo empresarial do ramo alimentício e por laboratórios de análises de alimentos a ele vinculados.

Executivos do grupo empresarial, do corpo técnico e profissionais responsáveis pelo controle de qualidade dos produtos da própria empresa consentiam com as fraudes, segundo a PF.

De acordo com a PF, também foi constatado que executivos do grupo fizeram manobras extrajudiciais para acobertar a prática das irregularidades ao longo das invstigações.

Duzentos e setenta policiais federais e 21 auditores fiscais federais agropecuários estão nas ruas cumprindo os mandados desta nova etada da Carne Fraca, de acordo com a PF.

No Paraná, há mandados sendo cumpridos em Curitiba e em Araucária, na Região Metropolitana; em Carambeí, em Castro, em Palmeira, em Ipiranga, em Piraí do Sul e em Ponta Grossa, nos Campos Gerais; em Dois Vizinhos e em Toledo, no oeste; e em Maringá, no norte.

Em Goiás, os mandados são cumpridos em Mineiros e em Rio Verde. No Rio Grande do Sul, em Arroio do Meio. Em Santa Catarina, as cidades com ordens judiciais são Chapecó e Treze Tílias.

Em São Paulo, a PF cumpre mandados em Piracicaba, em Santana do Paranaíba, em Sorocaba, em Vinhedo, em São Paulo e em Porto Feliz.

Os mandados judiciais foram expedidos pelo Juízo Titular da 1ª Vara Federal de Ponta Grossa.

Fonte: G1


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