Prefeitura cumpre ordem judicial e despeja mãe e filho de casa popular no Armindo de Medeiros
Prefeitura cumpre ordem judicial e despeja mãe e filho de casa popular no Armindo de Medeiros

Notícia atualizada
O setor de habitação da prefeitura de Joaçaba cumpriu nesta manhã uma ordem judicial de despejo e retirou de uma casa popular no bairro Armindo de Medeiros Haro uma mãe e seu filho de 5 anos. Todos os objetos pessoais da moradora e do filho foram retirados do local e colocados em veículos da prefeitura. Marta Teresa Vieira revelou ao Portal Éder Luiz que entrou no local há quase 2 anos, mas antes disso teria passado ao menos 8 anos tentando conseguir uma moradia no mesmo bairro. Ainda segundo ela, neste tempo que ficaram no local não tinham luz e nem água. "Procurei ajuda com o município de Joaçaba e ninguém fez nada pra me ajudar", desabafou. A ordem de despejo foi cumprida por funcionários da habitação, com apoio de um oficial de justiça e da Polícia Militar. No despacho concedendo ao município a reintegração do imóvel, a justiça determinava que a medida fosse acompanhada por funcionários do setor social da prefeitura. A moradora recebeu um prazo para sair do imóvel, mas tentou por este período argumentar com a prefeitura e permaneceu. Por não ter saído é que a ordem de despejo foi cumprida. A moradora despejada disse que no momento do desejo não recebeu a informação de qual local serão levados seus móveis e demais objetos. "Não tenho pra onde ir com meu filho, não tenho dinheiro para pagar aluguel. Ainda bem que ele foi para a escola, coitadinho", disse entre lágrimas. Prefeitura se manifesta O Portal Éder Luiz entrou em contato com o vice-prefeito Juscelino Ferraz, que responde também pelo setor social do município. Segundo ele, a moradora recebeu a informação do despejo em outubro do ano passado e teve todo este prazo para deixar o local, pois outra família, com maior necessidade foi sorteada para receber o imóvel. " O Conselho de Habitação, ainda na gestão passada, teria definido por sorteio quem ganharia a casa, por ordem de necessidade. Na época a Marta ficou suplente. No ano passado uma senhora com dois filhos foi sorteada para a casa, pelo cadastro ela tem mais necessidade do imóvel. Como a casa foi invadida, a família que está esperando foi punida." Comentou Ferraz. O vice-prefeito informou ainda que Marta está na lista para receber uma casa e ficou como suplente de um novo processo que está tendo seu andamento. "Era era a 7ª da lista de quatro casas disponíveis. Por ordem de prioridade, avaliada pelo Conselho de Habitação, que é um órgão independente e sem interferência política. Nesta avaliação, quatro famílias mais carentes vão receber seu imóvel assim que a Caixa liberar os cadastros". Quanto ao destino dos móveis e de mãe e filho, o vice-prefeito foi enfático. "A proprietária é que tem que decidir. Não cabe a prefeitura definir". Quanto a família que estava esperando a casa, Ferraz encerrou dizendo que agora não existem mais empecilhos para que ocupem o local. "Hoje ainda a família de direito da casa já estará entrando". Depois de retirados do local os móveis de Marta e do filho foram colocados em um terreno ao lado da casa da mãe dela, no mesmo bairro. Eles ficarão na casa até que possam achar outro espaço.
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