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Projeto determina que empresas divulguem a quantidade de sal em produtos

Éder Luiz

17 de janeiro de 2013 às 06:08

Projeto de Lei 4452/12, do deputado Jorginho Mello (PR-SC), tramita na Câmara Federal e obriga os fabricantes de alimentos a inserir na embalagem informação sobre a quantidade de sal. Pelo texto, o rótulo deve informar se o nível de sódio é baixo, médio ou alto e conter advertência sobre os perigos do consumo excessivo do produto.

De acordo com o deputado, sódio em excesso provoca hipertensão, cefaleia e até parada respiratória. “Infelizmente os consumidores acabam não tendo consciência do que acontece, e muitos fabricantes de alimentos adicionam quantidade muito maior de sódio a seus produtos do que realmente precisamos”, sustenta. Segundo Mello, dados Associação Americana do Coração mostram que 75% do consumo atual diário de sal vêm de alimentos processados e não de fontes naturais. De acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos, e divulgado pelo New England Journal of Medicine, se as pessoas cortarem de seus hábitos alimentares diários apenas meia colherzinha de chá de sal, isso seria o suficiente para evitar até 92 mil mortes por ano nos Estados Unidos. É um dado muito relevante e que pode ser transportado para a realidade brasileira, onde o consumo do tempero é bem acima do recomendável. Em média, o brasileiro ingere diariamente 12 gramas de sal, quando ideal é, no máximo, metade dessa quantidade. Tramitação O projeto, que foi apensado ao PL 3893/12, será analisado conclusivamente pelas comissões de Defesa do Consumidor; Seguridade Social e Família; e Constituição e Justiça e de Cidadania.