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Salários atrasados e superlotação no CASEP de Joaçaba

O Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório de Joaçaba (CASEP) vive uma situação delicada.

Éder Luiz

Éder Luiz

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O Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório de Joaçaba (CASEP) vive uma situação delicada. O centro está com lotação acima da permitida e os funcionários com os salários atrasados. Além destes problemas a reforma que havia sido prometida para garantir mais segurança ao local não foi ainda iniciada. As informações foram repassadas pela coordenadora do CASEP, Luciane Kunz Ferreira, ouvida pelo Éder Luiz.com nesta sexta-feira, 21.

Segundo Luciane, o salário de maio dos profissionais que atuam na entidade ainda não foi depositado. “Todos os meses o governo manda o repasse para a ONG responsável pelo CASEP sempre com atraso, mês passado depositaram dia 17 e neste mês ainda não veio”. Uma situação difícil para os profissionais, que todos os dias trabalham com menores infratores que vem de várias partes da região e do Estado, alguns de alta periculosidade. A tarefa requer maior reconhecimento, mas parece que esta não é uma das prioridades para o Governo do Estado, responsável por fazer o repasse dos valores mensalmente. Outro aspecto preocupante é quanto a demora nas reformas da unidade, uma reivindicação importante para melhorar as condições do centro e até mesmo dar maior segurança e evitar fugas no local. “A reforma que era para acontecer em fevereiro, agora foi publicada, e tem previsão de inicio para metade de julho”. Lamenta a coordenadora. Mas o maior dos problemas parece que está justamente na falta de planejamento do Estado quanto a destinação dos menores e na falta de centros adequados para as internações. A exemplo das penitenciárias, agora os CASEPs começam a ficar superlotados. “Nós temos hoje oito quartos, com um convênio para 12 adolescentes, estamos com 15, ou seja, superlotação. Então como trabalhar e "segurar" esses adolescentes com todo esse descaso? Fazemos nosso trabalho, porém sem motivação alguma, pois o Estado não nos dá o respaldo que necessitamos, o salário e o apoio para as transferências destes adolescentes a mais. Eles alegam que não tem vaga em lugar algum do Estado, e nós continuamos com os adolescentes a mais”. Mesmo diante dos fatos a coordenação local completa nesta semana 100 dias sem fugas da unidade.


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