SC terá novo sistema de voos regionais até o fim de 2025, anuncia Jorginho Mello
Linhas passarão pela região, como em Joaçaba e Caçador.

Em entrevista coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira (21), em Joaçaba, o governador Jorginho Mello apresentou detalhes do plano de aviação regional que está sendo estruturado em Santa Catarina. O projeto prevê a integração aérea de municípios do Extremo-Oeste ao Litoral, com início até o final de 2025.
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Segundo o governador, o Estado será sócio de uma empresa privada que está adquirindo quatro aeronaves bimotores fabricadas na China, ao custo de aproximadamente R$ 200 milhões. As aeronaves têm capacidade para 21 passageiros, podendo ser rapidamente adaptadas para transporte de cargas, medicamentos e insumos em todo o território catarinense.
“Eu tive na China, e lá conheci o protótipo desses aviões. O Estado vai ser sócio, vamos começar a estruturar. Nosso objetivo é fomentar a aviação regional e torná-la sustentável”, afirmou Jorginho.
Estrutura e rotas planejadas
O governador destacou que Santa Catarina conta hoje com 24 aeroportos, sendo 19 públicos e 5 privados. Dos públicos, 16 já foram revitalizados em sua gestão, recebendo melhorias como cercamento, balizamento, alargamento de pistas e reformas em terminais de passageiros.
Entre os exemplos citados estão os aeroportos de Blumenau, São Joaquim e Lages. “Em Lages, o aeroporto nem cerca tinha. Hoje já tem balizamento, PAPI, alargamento de pista e estrutura para operar com segurança”, disse.
As rotas iniciais previstas são:
- São Miguel do Oeste – Xanxerê – Joaçaba – Lages – Forquilinha – Florianópolis
- Curitiba – Joinville – Caçador – Joaçaba – Erechim – Porto Alegre
Esses voos terão caráter diário, com a possibilidade de retirada rápida dos assentos para transformá-los em cargueiros destinados ao transporte de medicamentos e materiais de urgência.
Subsídio e viabilidade econômica
Jorginho Mello ressaltou que a operação será conduzida de forma gradual, com a participação temporária do Estado como sócio. A ideia é que, no início, o governo subsidie parte das passagens para garantir a ocupação mínima das aeronaves.
“Se um avião tem 10 assentos, e oito são vendidos, o Estado paga os dois restantes até a operação se viabilizar. Ninguém vai voar em Santa Catarina se não for rentável. Estamos fazendo isso para fomentar a aviação regional e dar sustentabilidade ao projeto”, explicou.
Ferrovia também em estudo
Além da aviação, o governador revelou que está em andamento o projeto de uma ferrovia ligando o Oeste ao Litoral catarinense, em parceria com empresas russas e chinesas.
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