Um em cada três catarinenses têm pressão alta
Dia 26 de abril é a data instituída para a Prevenção e Combate Nacional contra a Hipertensão.

Dia 26 de abril é a data instituída para a Prevenção e Combate Nacional contra a Hipertensão. Para auxiliar os trabalhadores da indústria e a comunidade no combate à doença, o SESI, uma das entidades que compõem o Sistema FIESC, começa a divulgar nas indústrias uma pesquisa inédita em Santa Catarina sobre o assunto. De acordo com o estudo, 35,7% dos participantes responderam ter hipertensão arterial diagnosticada pelo médico.A ocorrência da doença é maior nas pessoas com idade superior a 65 anos, com 69,4 %. Durante o levantamento, a pressão arterial dos entrevistados era aferida e, cerca de 25% deles apresentaram valores superiores a 14 por 9 (140/90mmHg).
“O levantamento apresenta indicadores que espelham a realidade catarinense. O material pode ser útil aos profissionais da saúde e as diversas instituições interessadas na elaboração de políticas e ações de promoção de saúde”, destaca o superintendente do SESI, Hermes Tomedi. Mais de 23,5 mil pessoas participaram da pesquisa, sendo 68,8% comunidade e 31,2% trabalhadores da indústria. No presente estudo o público masculino apresentou percentuais maiores de pressão alta em todas as faixas etárias quando comparado ao público feminino. Na comunidade, 51,5% dos homens com mais de 65 anos possuíam valores aumentados, e nas empresas o maior índice apareceu na faixa etária de 56 a 65 anos, com 42,8%. Um fato que chamou a atenção foi a ocorrência significativa de valores aumentados da pressão arterial em homens hipertensos de 18 a 25 anos na comunidade e nas empresas, chegando a 40% e 56%, respectivamente.“O dado demonstra que, provavelmente, essas pessoas não estão conseguindo controlar a doença ou o tratamento não está sendo eficaz. O fato é preocupante porque são homens ainda muito jovens, com uma tendência ao descontrole da hipertensão arterial, que pode levar ao desenvolvimento de complicações e diminuição significativa da qualidade de vida”, fala a coordenadora das farmácias do SESI, Joscimara Wamser. De acordo com a SBC, uma das principais causas para o descontrole da doença é a falta de adesão ao tratamento ou o abandono do mesmo. O sedentarismo e a obesidade também são responsáveis pelo aparecimento e agravo da hipertensão. A pesquisa do SESI levantou que 54,9% dos entrevistados estão acima do peso ideal. Estimativas da SBC apontam que a cada dez quilos perdidos de peso pode-se reduzir em até 20mmHg a pressão arterial, e que uma caminhada diária de 30 minutos contribui com a saúde cardiovascular. A pesquisa A pesquisa faz parte de uma campanha estadual de prevenção à hipertensão arterial que começou a ser promovida pela rede SESI Farmácia em 2012. O objetivo foi informar e conscientizar a população sobre o assunto, além de estimular um estilo de vida saudável e a verificação frequente da pressão arterial. Na pesquisa, além da aferição da pressão arterial, um questionário foi aplicado a cada participante, a fim de levantar na população abrangida os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. “Desenvolver programas de promoção de saúde e mudança de comportamento para um estilo de vida adequado ajuda na redução de custos, no ganho de produtividade e, consequentemente, no aumento da competitividade da indústria catarinense”, avalia Tomedi. A iniciativa foi adotada em diversas regiões e atendeu comunidade e trabalhadores de indústrias catarinenses.
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