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Viúva negra e filho são condenados por matar para receber seguro de vida

Encerrou nesta madrugada o júri popular de Marli Aparecida Teles de Souza, 48 anos, que ficou conhecida como “viúva negra”.

Éder Luiz

18 de fevereiro de 2017 às 11:22

Encerrou nesta madrugada o júri popular de Marli Aparecida Teles de Souza, 48 anos, que ficou conhecida como “viúva negra”. A sentença condenou a ré a 18 anos, 9 meses e 12 dias de prisão em regime inicialmente fechado.

O filho de Marli, Ulisses Antônio Souza de Oliveira, 23 anos, também foi condenado no mesmo júri e vai cumprir 17 anos, 11 meses e 22 dias de prisão. Ambos são acusados da morte de Rui Nadarci Dias de Oliveira, pai de Ulisses fruto de um relacionamento com Marli no passado.

De acordo com a sentença, a maioria dos jurados entenderam que mãe e filho premeditaram o crime para receber um seguro no valor de R$ 1,2 milhão. Marli e Ulisses estão detidos desde que a polícia descobriu a trama, em novembro de 2014.

Além do homicídio triplamente qualificado, a sentença inclui ainda os crimes de corrupção de menor, fraude processual e tentativa de estelionato contra as duas seguradoras.

Com a leitura da sentença pouco depois da meia noite, a sessão teve mais de 15 horas de duração. Durante todo o dia o salão do júri ficou lotado no Fórum da Comarca de Caçador. O juiz Rodrigo Dadalt foi quem comandou os trabalhos. A acusação ficou por conta do promotor Fernando de Menezes e a defesa foi feita pela advogada Márcia Helena da Silva.

Todas as acusações foram aceitas pelos jurados

O promotor Fernando de Menezes destacou que todas as acusações feitas pelo Ministério Público foram aceitas pelos jurados, resultando nas condenações. “O resultado, nós acreditamos, foi o melhor possível”, considera o promotor que avaliou o processo como bastante complexo.

Defesa irá recorrer da decisão

De acordo com a advogada Márcia Helena, a defesa irá recorrer da decisão com base em alguns argumentos. “Vou insistir na questão da confissão, na desqualificação do homicídio em relação à Marli e na absolvição do crime de homicídio do Ulisses”, poderá.

Fonte: Caçador Online