Ossadas achadas em casa de empresário do setor funerário no Oeste seriam de dois irmãos, diz MP

Empresários do setor foram denunciados na Operação Cortejo deflagrada pelo Gaeco em novembro.

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Foto: Gaeco/Divulgação
Foto: Gaeco/Divulgação

As ossadas humanas encontradas no forro da casa de um empresário do setor funerário de Chapecó, Oeste de SC, podem ser de dois irmãos. É o que aponta a investigação após denúncia do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina). Dez pessoas foram denunciadas por extorsão durante a Operação Cortejo.

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Os envolvidos representam seis das sete funerárias existentes no município. A denúncia foi realizada pelo MPSC, resultado da operação que foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) no dia 27 de novembro.

O Promotor de Justiça Alessandro Rodrigo Argenta, responsável pela denúncia, explica que a investigação teve início após um empresário do ramo funerário – que atua em uma cidade da região, mas que estava instalando uma unidade do seu empreendimento em Chapecó – procurar o MP para relatar que estava sendo alvo de ameaças.

O objetivo era tentar impedir ou dissuadir o empresário de abrir o novo estabelecimento na cidade. Segundo o MP, foi possível identificar a união de representantes de, ao menos, seis das sete funerárias instaladas em Chapecó para a prática de ações violentas ou com grave ameaça à pessoa.

“A decisão pelo oferecimento de uma primeira denúncia, notadamente pelo crime de extorsão, decorre da circunstância de haver duas pessoas presas durante a operação e, para não prorrogar indevidamente o tempo do cárcere, o Ministério Público ofereceu essa primeira acusação formal envolvendo as condutas praticadas com violência e/ou grave ameaça”, ressalta o Promotor.

As investigações continuam por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Chapecó, pois há elementos que indicam a prática de cartel pelas funerárias de Chapecó, segundo o MP.

Sobre as ossadas encontradas

Tramita também na 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Chapecó a investigação que busca identificar duas ossadas localizadas com um dos investigados, alvo das buscas. O Ministério Público explica que as ossadas foram localizada no forro da casa e estariam no local há cerca de quatro anos. Ainda, os restos mortais seriam de dois irmãos.

A empresa funerária investigada teria sido contratada pela viúva de um dos mortos para reformar o túmulo e arrumar os restos mortais com acomodação de espaço para sepultamentos futuros. No entanto, depois de realizado os serviços do novo túmulo em 2020, as ossadas não foram devolvidas ao local. Para esclarecer, será solicitado à Justiça o exame de DNA para confirmar a informação.

Sobre a Operação Cortejo

A Operação Cortejo, realizada pelo Gaeco nos dias 27 e 28 de novembro, cumpriu dois mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão, resultando em duas prisões em flagrante.

A investigação apura crimes de extorsão, organização criminosa e violações à ordem econômica no setor funerário de Chapecó.

Durante as buscas, um empresário foi preso por porte ilegal de armas de uso restrito, e outro, após a descoberta de restos mortais humanos no forro de sua residência, cuja origem está sendo investigada.A operação também revelou práticas abusivas de empresários para controlar o mercado funerário, incluindo extorsão com uso de armas e eliminação da concorrência.

As ações visam garantir um mercado funerário ético, acessível e transparente, assegurando serviços dignos às famílias enlutadas. A investigação segue em sigilo.

Fonte:

ND+

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