Começou ás 9h desta sexta-feira, 26, em Tangará, o julgamento de Lorimar Lutkemeier, acusada de homicídio qualificado, praticado contra seu marido Valdenir Bortolini Zanon. Os trabalhos estão acontecendo no no tribunal do Júri da comarca, sob o comando do juiz de direito Flávio Luís Dell' Antônio.

Segundo os autos, no dia 18 de março de 2010, por voltada das 4h da manhã, no interior de sua residência, a denunciada, aproveitando que a vítima estava dormindo, teria amarrado seus membros superiores e inferiores com cordas de nylon, impossibilitando-a de qualquer meio de defesa e, munida, com duas facas, uma tesoura e um martelo do tipo marreta, teria desferido diversos golpes violentos contra ele. Os golpes supostamente desferidos teriam ocasionado diversas lesões que lhe provocaram a morte. Lorimar teria cometido os atos motivada por supostas suspeitas ou possível confirmação de que a vítima estaria lhe traindo. Segundo a acusação, o crime fora executado de maneira a impossibilitar a defesa da vítima, bem como os atos teriam sido praticados com crueldade, pois a vítima não teria morrido imediatamente. Constam na denúncia, também, que teriam sido apreendidos na residência do casal, as facas, tesoura, martelo, cordas de nylon e roupas da vítima. Após recebida a denúncia em 5 de julho de 2010, a defesa de Lorimar requereu a realização de exame de insanidade mental, diante da existência de dúvida sobre a sua integridade psíquica. No laudo, contudo, ela foi declarada imputável à época dos fatos. Inconformada com a pronúncia para que fosse submetida a julgamento no Tribunal do Júri, a defesa interpôs recurso ao Tribunal de Justiça, contra essa decisão, o qual foi conhecido, porém, negado.