Técnico de enfermagem investigado por sedar e estuprar paciente em SC pode ter registro cassado

Além do inquérito da Polícia Civil, homem é alvo de processo ético pelo Conselho Regional de Enfermagem.

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Foto: Divulgação
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O técnico de enfermagem suspeito de sedar e estuprar uma paciente dentro do Hospital Tereza Ramos, em Lages, na Serra, é alvo de um processo ético aberto pelo Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC). A informação foi confirmada pela instituição nesta quarta-feira (29).

A investigação segue em sigilo. Em casos relacionados à violência sexual, o órgão informou que as penalidades podem gerar multa, suspensão e até mesmo cassação do registro profissional, que passa pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

A denúncia de violência ocorreu na madrugada de quinta-feira (23). A vítima, que não teve a identidade divulgada, disse à NSC TV que estava internada na unidade para tratar de uma infecção pulmonar e, antes de apagar, recebeu um medicamento do profissional.

Na sexta-feira (24), o homem foi demitido. Em nota, o Hospital Tereza Ramos afirmou que a vítima denunciou "ter sido vítima de um ato de violência sexual" e que rapidamente a unidade iniciou os procedimentos cabíveis" (leia a íntegra abaixo).

"Ele estava mexendo nas minhas genitais, ele introduziu o dedo com muita força, né. Senti também uma movimentação dele se masturbando. Eu só consegui me acordar, de verdade, abrir o olho às 5h30, 6h. Eu acordei no desespero, chorando, tremendo, com medo que ele entrasse de volta no quarto", disse a vítima.

A reportagem do g1 SC procurou a Polícia Civil nesta quarta-feira (29) e aguarda retorno. No dia seguinte ao crime, a Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) afirmou que investigava o caso e que "todas as providências iniciais já foram tomadas".

O que disse o hospital

"Informamos que na manhã de ontem, 23/03, a Direção do Hospital e Maternidade Tereza Ramos – HMTR recebeu a informação de que uma paciente internada na Unidade reportou ter sido vítima de um ato de violência sexual ocorrido na madrugada.

Imediatamente após conhecimento da denúncia, os órgãos responsáveis pela a apuração do caso foram acionados, a saber, as Polícias Civil e Científica, as quais compareceram ao Hospital e já iniciaram os procedimentos cabíveis.

Conforme orientação da Polícia Civil, o caso é investigado sob absoluto sigilo, razão pela qual não podemos fornecer qualquer informação neste momento.

Entretanto, reiteramos que o HMTR está à disposição da paciente para quaisquer esclarecimentos e que todas as medidas administrativas necessárias estão sendo tomadas, inclusive a restrição de atividades dos profissionais envolvidos.

O HMTR repudia qualquer ato de violência contra a mulher e está comprometido com a investigação em andamento".

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