‘Muitas evidências da ação humana’, diz ufólogo sobre agroglifo em Ipuaçu

Profissional cita assimetria do desenho e pontos onde foram fincadas estacas no local.

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Assimetria do desenho é destacada por ufólogo (Foto: Tiago Kosinski/Divulgação)
Assimetria do desenho é destacada por ufólogo (Foto: Tiago Kosinski/Divulgação)

O desenho misterioso que surgiu no início desta semana em Ipuaçu, no Oeste de Santa Catarina, continua dividindo opiniões, com entendimentos controversos entre os próprios ufólogos. A mais recente manifestação é do ufólogo Rafael Amorim, que esteve no local e disse ter encontrado ‘muitas evidencias de ação humana’.

À revista UFO, especializada no assunto, o profissional relatou que “realmente houve a utilização de estacas” para fazer o desenho. Ele também publicou nas redes sociais duas figuras comparativas (veja abaixo) da forma geométrica. A primeira mostra um desenho perfeito, totalmente simétrico, e abaixo, as linhas que foram traçadas no trigo em Ipuaçu.

Ufólogo Rafael Amorim compara imagens em publicação nas redes sociais (Foto: Reprodução)
Ufólogo Rafael Amorim compara imagens em publicação nas redes sociais (Foto: Reprodução)

Rafael disse que as medições feitas no local constataram muitas irregularidades em todo o desenho. “Não tem absolutamente nada que a gente possa dizer que está simétrico, com exceção das meias-luas nos cantos. Essas têm a mesma medida, 6,10 metros. Porém a gente tem pontas de estaca aqui que mostra realmente que foi utilizado um instrumento para deitar o trigo”.

O ufólogo assegurou que há 90% de certeza de que a formação encontrada na última segunda-feira, dia 14, foi feita por humanos. “Depois de pelo menos sete horas de exaustiva atividade dentro do Crop Circle, do agroglifo em Ipuaçu, a gente conseguiu colher muitas evidências da ação humana. A primeira pista que a gente teve foi do dono do local, que nos informou a respeito do que ele viu na manhã de segunda-feira. Ele foi um dos primeiros a chegar e já observando, descobriu os pontos onde estavam as estacas. Depois a gente fez essa averiguação mais profunda; e realmente, houve a utilização de estacas aqui no campo”.

Controvérsias

Nesta semana, um ufólogo apresentou ao site Oeste Mais uma versão diferente. Ivo Dohl afirmou que “as imagens retratam uma formação não feita por nada mecânico ou por mãos humanas” (assista abaixo). Nas redes sociais, o ufólogo Luiz Prestes Júnior também disse que agroglifo aparentava ser verdadeiro e não havia sinais de marcação nas fotos e vídeos. “A plantação está deitada e não quebrada e também o desenho não está deformado", escreveu.

‘Toscamente dobrada’

Rafael Amorim informou que o trigo no local foi recolhido para análise. “Ela [a planta] não está dobrada como deveria estar em um agroglifo daqueles que a gente considera genuíno. Ela está ‘toscamente’ dobrada. Ela está, da raiz para cima, dobrada e as vezes até arrancada da raiz. Isso então mostra que teve a ação de um instrumento em cima delas. Recolhemos terra da parte de dentro e de fora do desenho e temos que levar para análise”.

O ufólogo também relatou que até uma trilha foi possivelmente utilizada para fazer o desenho no local. “Existe a suspeita também que pessoas teriam visto luzes aqui, luzes de lanterna. Além disso, foi vista uma ‘misteriosa’ caminhonete vermelha que entrou no local e ficou aqui durante três, três horas e meia. Nós vamos averiguar isso ainda [...]. O proprietário está indignado, porque ele acha que isso é um crime – e eu concordo com ele; e ele com certeza não tem envolvimento nenhum com esse fato”, finalizou Rafael.

Desde 2008

Os agroglifos, como são chamados, costumam surgir entre os meses de setembro e novembro em Ipuaçu e região. O primeiro registro ocorreu em 2008, e os desenhos seguem sendo um enigma, já que ninguém nunca viu ou ouviu nada comprovadamente.

Em setembro do ano passado, as figuras que apareceram em uma propriedade da linha Bela Esperança, em Ipuaçu, não tinham a mesma simetria das outras vezes e chegaram a ser consideradas falsas por Luiz Prestes Júnior.

Já em outubro de 2022, agroglifos bastante simétricos foram registrados na plantação de trigo de Sérgio Girotto, de 62 anos, também em Ipuaçu. O morador reside no município desde 1973 e disse não ter visto e nem ouvido nada na época.

Fonte:

Oeste Mais

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