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Acadêmicos de psicologia desenvolvem materiais para atendimento no HUST

Éder Luiz

3 de janeiro de 2015 às 20:45

O paciente monta o quebra-cabeça conforme o que está sentindo durante o tratamento médico.

Os acadêmicos da 10ª fase do curso de Psicologia da Unoesc Joaçaba participaram da elaboração de materiais lúdicos, que auxiliam o tratamento psicológico no Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST). Esse trabalho, desenvolvido durante as aulas do componente curricular Psicologia Hospitalar, tem permitido que os pacientes expressem mais as suas ansiedades e angústias. Os estudantes podem elaborar, por exemplo, quebra-cabeças, jogos de respostas ou até uma caixa com objetos que estimulem o paciente a demostrar o que sente. Estas são ferramentas que apresentam como base a ludoterapia.

O setor de psicologia do HUST tem uma parceria com a universidade, que proporciona aos acadêmicos conhecer a prática hospitalar. Enquanto a professora Carmen Lucia D'Agostini trabalha com a parte teórica em sala de aula, a psicóloga Thais Deon mostra a realidade do atendimento psicológico no hospital.

— Os estudantes fazem a visita in loco em todos os setores, conhecem como é feito o registro dos atendimentos, bem como a organização dos prontuários e, a partir disso, são estimulados a desenvolver um material lúdico que irá auxiliar no tratamento dos pacientes — diz a psicóloga Thais Deon.

Esse método, ludoterapia, é um conjunto diversificado de técnicas que leva o paciente a manifestar seus sentimentos, pensamentos, experiências e comportamentos por meio da interação com o material lúdico. A técnica torna possível o tratamento dos aspectos emocionais, já que muitos pacientes têm dificuldade de se expressar verbalmente.

— Nós tivemos o caso de uma paciente na maternidade que estava com muitas dúvidas em relação à gravidez e isso gerava um quadro de ansiedade elevado. A partir dessa situação, os acadêmicos desenvolveram uma caixa que possuía cartões com perguntas e respostas relacionadas à maternidade. Além disso, o conteúdo era divido por temas como parto, amamentação e choro — relata a psicóloga.

O material é adaptado conforme o quadro clínico de cada pessoa. A aplicação deste instrumento auxilia o tratamento, tanto em casos de depressão e ansiedade, como de pacientes que passam por alguma situação de amputação ou câncer, além de pessoas diabéticas e com doenças no coração.

De acordo com a psicóloga, após a produção do material, os acadêmicos fazem a doação ao hospital, para que os profissionais de psicologia e os acadêmicos dos próximos anos possam utilizá-lo no trabalho com os pacientes.

Texto: Dhébora Santiago