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Administrador do CASEP é afastado após denúncias

Éder Luiz

25 de outubro de 2012 às 15:00

Uma inspeção realizada na manhã desta quinta-feira, 25, feita de forma sigilosa, terminou com o afastamento do diretor do Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório de Joaçaba(CASEP). A informação foi confirmada ao Portal Éder Luiz.com pelo Juiz Alexandre Dittrich Buhr, que é o corregedor da unidade.

Segundo o Juiz, as denúncias, que não tiveram seu teor revelado, dizem respeito a parte administrativa e de disciplina da unidade, que conta com 12 internos. A administração é feita por uma ONG do município de Curitibanos. Após a análise de documentos encontrados nesta manhã foi decido que o diretor seria afastado.

“Chegamos a conclusão que a unidade está passando por problemas administrativos e que houve prejuízo também na questão da disciplina dos internos. Com relação a última administração está estava deixando a desejar. Diante disso decidimos solicitar o afastamento do funcionário que administrava o CASEP”.

Mesmo não revelando quais os problemas encontrados o corregedor informou que existem irregularidades. “Constatamos irregularidades administrativas e por isso exigimos a ONG a troca de comando. O que queremos é um profissional mais qualificado para a área e que tenha formação superior”.

A ONG foi comunicada dos problemas por volta das 12h e já afastou o funcionário.

Quanto as constantes fugas o juiz disse que este problema não diz respeito a sua alçada, já que a responsabilidade em estruturar melhor a unidade é do Governo do Estado, através da Secretaria de Justiça e Cidadania. Para ele, se o Governo resolvesse colocar seguranças e, por exemplo, dotar o local de equipamentos que impedissem as fugas, seria uma atitude bem vinda.

“Hoje nos temos aqui 5 ou 6 internos que estão lá há um ano e que mesmo quando outros fogem permanecem lá. Estes são os menores aqui da região, nosso maior problema são aqueles infratores que vem de outros locais”. O Juiz disse ainda que não têm como impedir a vinda destes menores de fora. “Sou o corregedor, isso quem teria que fazer e a secretaria de Justiça e Cidadania”.

Durante a inspeção realizada pela manhã também foi feita uma revista um pente fino nos espaços onde ficam os menores, mas nada de anormal foi encontrado.

Agora, as irregularidades encontradas serão apuradas pelo Ministério Público. A Polícia Civil também acompanhou os trabalhos.